Após o incêndio que destruiu parte do complexo do Centro de Correição da Polícia Militar do Estado de Rondônia na madrugada do dia 17/12 de 2017, localizado em Porto Velho, que foi comprovado por documentação oficial do próprio comando da unidade prisional e do Corpo de Bombeiros, que já era uma tragédia anunciada, mais de 30 apenados, entre policiais civis e militares, agentes penitenciários, advogados e um delegado, foram transferidos para um anexo, onde ficam cercados por quase  4.000 detentos, dos quais muitos ajudaram a prender.

Apesar do incêndio não ter causado danos na estrutura do prédio, os presos foram transferidos em caráter provisório para um anexo do presídio Pandinha, que no ano de 2016, foi sentenciado pelo Juízo da Vara de Execução e Contravenção Penal de Rondônia, a transferir presos em caráter de urgência devido contar com o triplo da capacidade de sua população carcerária, chegando a ser mencionado pelos magistrados como “apocalipse” .

A real situação do complexo, que hoje é a “nova morada” dos cerca de 37 servidores de segurança pública em conflito com a lei, tem causado desespero nos familiares, que entraram em contato com a reportagem do Extra de Rondônia, a fim de relatar os riscos a que estão sendo expostos seus entes queridos, que estão alojados em uma dos pavilhões da unidade.

Ainda segundo os familiares, após a transferência dos servidores para o complexo, a notícia se  espalhou entre os presídios da capital, gerando ameaças de rebeliões a fim de que o pavilhão seja alcançado pelos demais presos, o que poderia ocasionar um derramamento de sangue pavoroso.

De acordo com as autoridades competentes, a transferência se manterá até a total reforma do complexo incendiado, porém, o prazo estima é de aproximadamente mais três meses, o que aumenta ainda mais o desespero das esposas e filhos dos presos.

De acordo com as palavras da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, que recentemente visitou as penitenciárias do Estado do Paraná, “Ninguém é obrigado a conviver com o medo”, no entanto, esta tem sido a triste realidade daqueles que serviram o Estado e que hoje, de acordo com os mesmos, se encontram jogados a própria sorte.

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: PM divulgação/MP divulgação

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