Uma das empresas onde trabalho, costuma analisar regularmente o balanço de empresas do mesmo ramo de atividade. A seguir, calculamos seus principais índices e indicadores econômico financeiros.

Fazemos isso para, conhecendo o desempenho de nossos principais concorrentes, bem como de sua performance operacional, avaliar o desempenho de nossa empresa e estabelecer nossos parâmetros e metas (retorno sobre o investimento, lucratividade sobre as vendas, liquidez, capital de giro, ponto de equilíbrio, giro dos ativos, plano anual de investimentos, etc). A avaliação correta dos resultados de uma empresa só é efetivamente determinada depois de comparada sua atuação com seus competidores mais próximos.

Recentemente ficamos surpresos ao examinar os resultados do balanço de uma grande empresa multinacional, que operara na comercialização, industrialização e exportação de grãos agrícolas. Seu balanço indicava que o lucro obtido por eles, apenas nas transações financeiras (receitas financeiras menos despesas financeiras), no último ano, foi superior ao seu “lucro operacional”. Você que é Empresário ou Administrador, compreende bem o que isso significa? Isso é um fato admirável, muito raro, digno de ser seguido, atípico no nosso país cujos índices de inflação caem de forma drástica e sistemática nos últimos anos. Em outras palavras, seus ganhos financeiros líquidos foram superiores, no ano de 2016, aos ganhos obtidos na sua atividade operacional. Isso demonstra que sua administração está atenta a todas as oportunidades de aumentar a lucratividade de seus negócios, usando recursos lícitos.

Por outro lado, a maioria das empresas brasileiras, por estarem descapitalizadas e por não ter um enfoque firme voltado para a solidez financeira, facilmente se deixa atrair pelos empréstimos financeiros, os quais trazem consigo expressivas despesas bancárias, e muitas vezes consomem parte substancial do lucro operacional, arduamente conseguido na atividade empresarial. Isto é, tais empresas trabalham para pagar juros aos bancos, o que é lamentável.

A propósito, como está a situação de sua empresa nesse aspecto? Se você integra o grupo dos descapitalizados, endividados e desfocados gerencialmente, talvez seja esta a oportunidade de revisar suas políticas internas e suas prioridades. É por atitudes como essas que se cria um abismo entre as empresas bem sucedidas, que avançam ser cessar, enquanto as despreparadas que ficam estacionadas e perdendo mercado.

Convido a você, neste inicio de 2018, a implementar na sua empresa, novos planos e avanços significativos nos seus resultados. Os bons exemplos estão aí à nossa disposição para serem seguidos. Eu creio nisso.

 Texto: Humberto Lago/Consultor Empresarial

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