O fato ocorreu durante a madrugada de sábado, 20, na Avenida Marques Henrique, em frente à farmácia RD Farma, no Centro de Vilhena, onde o agente do DETRAN, Felipe Ferreira Braga, de 33 anos, foi preso durante uma fiscalização da Lei Seca, por fraudar o teste do etilômetro de uma policial rodoviário federal.
Segundo as informações, o condutor de um carro, que seguia pela Marques Henrique, ao perceber que seria abordado pela blitz, estacionou em frente ao restaurante Mariza, porém recebeu sinais dos militares para que seguisse e passasse pelas baias da fiscalização, porém este informou a um soldado da PM que era agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a fim de ser liberado.
Ao ser informado pelo soldado que todos sem exceção teriam que realizar o teste do etilômetro, o agente foi acompanhado até a mesa de Felipe, que era o chefe da operação, onde lhe foi ofertado o referido aparelho por outro agente do DTRAN, no entanto, o policial não respondeu e se dirigiu até Felipe, onde novamente informou ser um PRF, pedindo para ser liberado.
Neste momento, Felipe se levantou e começou a conversar discretamente com o agente lhe ofertando balas e água, sendo que após cerca de 10 minutos, ele mesmo realizou o teste etílico no policial, fato que levantou a suspeita dos militares, pois em nenhum momento Felipe se propôs a realizar o mesmo teste nos outros abordados.
Durante a realização do teste, os militares observaram quando o federal colocou a boquilha do aparelho na lateral da bochecha e assoprou o ar de lado, não o realizando adequadamente, momento também, em que foi constatado que o dedo de Felipe apertava o botão do aparelho que realiza o teste manual, constando, porém, o resultado de 0,0 mg de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões.
Diante dos fatos, o soldado que realizou a abordagem do federal e presenciou toda a cena, se dirigiu até o sargento da PM e relatou o ocorrido, tendo suas alegações confirmadas por mais uma militar. Já em posse das informações e após se assegurar legalmente junto ao delegado de plantão e ao 3° comando da PM, o sargento se dirigiu até Felipe e deu voz de prisão ao mesmo pelo crime de prevaricação, o conduzindo, juntamente com os dois aparelhos de etilômetro usados na operação, até a Unidade Integrada de Segurança Pública (UNISP) para o registro do flagrante,
Já na delegacia foi imprimida a guia de controle dos aparelhos, onde foi comprovado através do número de registro da ficha do PRF, que em seu teste constava 0,0 para o tempo de sopro assim como também para o volume de ar, ou seja, o teste elítico não foi realizado.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Meramente ilustrativa