O cenário estava montado da seguinte forma: Valdir Raupp, candidato à reeleição ao Senado pelo MDB, Acir Gurgacz (PDT) iria disputar o governo concorrendo com Maurão de Carvalho, acreditando que Ivo Cassol (PP) não iria estar no páreo.
Confúcio Moura penduraria as chuteiras e Expedito Júnior seria o dono da outra vaga no Senado. Essa era a projeção ideal e estava tudo combinado, até que Confúcio, como dizem, “pisou na bola”.
O governador descumpriu, sem pestanejar, acordos que haviam sido discutidos e rediscutidos com seus parceiros políticos e decidiu “enquadrar” o MDB, ou deixavam ele ser candidato pela legenda ao Senado ou ele disputaria por outro partido. Confúcio trucou e levou. Atordoados, os emedebistas concordaram em dar a vaga. Esse foi o segundo erro, o primeiro foi ter confiado que ele não seria candidato.
A traição de Confúcio também complicou, por um lado, o projeto de Acir Gurgacz e se ele insistir em ser candidato, estará cometendo um grande erro de estratégia. O mais inteligente seria manter-se no Senado e indicar o vice de Daniel Pereira, que poderia ser a vereadora de Ji-Paraná, Sílvia Cristina ou seu tio, Aírton Gurgacz que já foi vice de Confúcio no primeiro mandato. Acir e Daniel dividem o mesmo eleitorado e ambos disputando o mesmo cargo, perdem os dois.
Daniel Pereira é candidatíssimo ao governo. Ele, assim como qualquer outro político, nega em primeiro momento por uma questão estratégica, mas os eventos vão encaminha-lo para isso.
Exceto, claro, se surgir uma vaga no Tribunal de Contas antes disso.
Fonte: Rondôniaovivo
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