Foi registrado na madrugada de quarta-feira, 30, o primeiro homicídio de 2018 na cidade de Ji Paraná, que em 2017, apesar de possuir cerca de 150 mil habitantes, registrou apenas oito casos a mais que Vilhena, que possui em torno de 100 mil.
A Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp) de Vilhena, que só no primeiro mês do ano já registrou sete casos de homicídio, sendo quatro deste cometidos no município, encerrou 2017 com 38 registros, o que se torna um número alto se comparado a Ji Paraná, que possui um número significativamente maior de habitantes e registrou 46.
Apesar da queda benéfica de 25 registros do mesmo crime de 2016 para 2017, Vilhena ainda continua com com um número relativamente elevado para o total de habitantes se comparados não somente a Ji Paraná como também a Cacoal, que possui quase o mesmo total habitantes e registrou apenas 11 assassinatos e Porto Velho, que já passa dos 500 mil habitantes e registrou 110 no mesmo ano.
Se seguirmos a realidade do município de crimes cometidos relacionados ao número de habitantes, Ji Paraná deveria ter registrado mais de 50 casos, Cacoal mais de 20 e Porto Velho, algo em torno de 190 assassinatos.
Estatisticamente falandos, Vilhena tem um homicídio para cada grupo de 2.631 habitantes, Ji Paraná um para cada grupo de 3.260 habitantes, Porto Velho um homicídio para cada grupo de 4.545 habitantes e Cacoal o mesmo número para cada grupo de 9.000 habitantes.
Diante dos fatos, Vilhena nos últimos anos, se tornou a cidade que mais mata por número de habitantes no Estado de Rondônia, colaborando muito para o resultado da última pesquisa nacional realizada pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que comprovou que em 2016 foram registradas 61.619 mortes violentas no país, o mesmo número de mortes provocadas pela bomba atômica em Nagasaki, no Japão, o que equivale a sete assassinatos por hora.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia