Na manhã desta sexta-feira, 23, o delegado Arismar Araújo, diretor do departamento de Polícia Civil do interior, juntamente com o delegado regional Fabio Campos e o delegado Núbio Lopes, responsável pela Delegacia de Homicídios de Vilhena, apresentaram as estáticas referentes aos números de casos elucidados no ano de 2017, no Cone Sul.
De acordo com as estatísticas apresentadas, de 2016 para 2017, com a implantação da Delegacia de Homicídios, além da queda de mais de 30% no número de assassinatos, houve um aumento significativo na elucidação dos casos, que passou 40,6% de 2016, para 78% em 2017.
Além das estatísticas de números exatos relacionados aos 41 inquéritos de mortes violentas instaurados em 2017, sendo 38 de homicídios e três de latrocínio (roubo seguido de morte), também foram apresentados o números de mortes causadas por acidentes de trânsito, que entre Vilhena, Colorado, Cerejeiras e Chupinguaia, somaram 41 registros. Já os casos de suicídio, as mesmas cidades somaram um total de seis mortes.
Dos 38 assassinatos registrados só pela Delegacia de Homicídios de Vilhena, que abrangem municípios do Cone Sul, quatro são feminicídios e mais de 50% foram praticados com o uso de armas de fogo.
Ao fato de Vilhena estar se tonando a cidade de Rondônia que mais mata por número de habitantes, os delegados atribuem à presença de chefes de facções no presídio da cidade, que acaba aliciando menores ao crime e à deficiência do código penal, como também acreditam que os cumprimentos de penas em regime semiaberto, de criminosos que deveriam ser mantidos presos, acabam propiciando o aumento dos casos de mortes violentas na cidade.
Apesar dos dados positivos apresentados pela Delegacia de Homicídios e pelo excelente trabalho que vem sendo desenvolvido pelo setor de investigação, que conta com profissionais capacitados, que mesmo anonimamente, dedicam-se ao extremo a cada caso sem distinção de pessoa, Arismar está reforçando a unidade com mais profissionais que muito podem colaborar para que as estatísticas de 2018 sejam ainda mais favoráveis.
Núbio Lopes deixou bem claro, que por mais que um caso ainda não tenha sido elucidado, isso não significa que ele tenha sido esquecido, pois dos casos solucionados em 2017, muitos foram cometidos em anos anteriores e que a meta do departamento não é apenas focar nos registros ocorridos após a implantação dos homicídios, mas como também, desengavetar casos antigos para que ninguém saia impune.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia