Nas empresas familiares, a transição envolvendo a saída dos fundadores para a entrada, na direção dos negócios, da segunda geração, é um dos maiores e mais graves problemas a serem resolvidos.

Na nossa cidade existem diversas empresas que ao enfrentarem esse processo, fizeram escolhas erradas; pessoas despreparadas foram nomeadas para a administração; erros foram cometidos e empresas outrora conceituadas e sólidas, lucrativas e prósperas, de uma hora para outra passaram a dar prejuízo e a seguir vieram a fechar as portas.

Tudo aquilo que os fundadores e pioneiros conseguiram com um trabalho árduo, em condições precárias e desfavoráveis, porque movidos de um sonho grandioso, sumiu ao serem conduzidos por novos administradores.

Lamentavelmente a história se repete. Diversos casos continuam existindo. É muito triste ver mergulhar na crise e insolvência, empresas outrora sólidas e promissoras. De nada adiantou a experiência adquirida pelos fundadores. Isso ocorreu por não existirem pessoas, na família, com os pré-requisitos mínimos de capacitação técnica, visão, experiência para conduzir esses negócios, ou porque não foram devidamente preparados, ou porque não tem inclinação para a vida empresarial, ou porque esperam apenas desfrutar do patrimônio herdado. Mesmo assim, por serem da família, assumem posições de liderança, porque a família acha que trazer pessoas de fora, seria correr riscos maiores e até eventuais insucessos!

Ocorre que o mercado está cada vez mais exigente. E bem poucas são aquelas que estão preparadas e aptas a competir, respaldadas por profundo conhecimento profissional, por uma filosofia clara de trabalho, empregando efetivas ferramentas gerenciais, trabalhando com planejamento e metas, voltada para a solidez financeira, crescimento e inovação, a fim de executarem uma gestão eficiente, obtendo resultados adequados, gerando um retorno do investimento compatível, trabalhando dentro de elevados padrões, obtendo índices econômico financeiros de mercado.

Não sei se este é seu caso, leitor amigo. É preciso erguer uma nova geração de administradores competentes, com urgência e sabedoria, para assegurar um futuro melhor às gerações vindouras. E todos nós temos uma contribuição a dar. Não sejamos omissos nem egoístas, pois o país já tem problemas demais para serem resolvidos. Eu creio nisso.

Texto: Humberto Lago/Consultor Empresarial

 

 

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