O cerejeirense Cristian Ribeira, de 15 anos, atleta do Peama-Jundiaí (Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas) fez história nesta madrugada deste domingo, nos Jogos Paralímpicos de Inverno – PyeongChang 2018.
Além de ser o atleta mais novo nesta edição, o brasileiro chegou em sexto na modalidade de 15 km do esqui-cross country, com 29 competidores, deixando para trás atletas de países tradicionais em esportes de neve. Esse é o melhor resultado do esporte brasileiro em uma prova dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Inverno.
– É inexplicável a sensação. A prova foi muito boa, me senti bem, escolhemos a estratégia certa, mantendo o ritmo constante e atacando nos momentos corretos. Apesar de não ter sido top 5, fiquei entre os 10 primeiros, que era a minha meta principal. Agora vou ligar para minha mãe e agradecer cada centavo que ela gastou comigo – disse, logo após a prova.
A melhor colocação até então nas Paralimpíadas de Inverno era um 20º lugar de Fernando Aranha na prova de sprint do sky cross-country, em Sochi-2014. O maior resultado nos Jogos Olímpicos de Inverno era um nono lugar no snowboard, com Isabel Clark, em Turim, em 2006.
Nos primeiros quatro quilômetros da prova, Cristian ocupou o quarto lugar geral. Ele caiu para quinto no quilômetro 6, e chegou a ficar em sétimo no quilômetro 7, quando começou uma prova de recuperação, fechando a prova em sexto lugar, a 2m18s do vencedor, o ucraniano Maksym Yarovyi. Cristian ficou a pouco mais de 1 minuto de conquistar uma medalha. O atleta ainda participará das provas de sprint (1,1 km), de 7,5 km, e do revezamento misto 4 por 2,5 km.
Cristian nasceu com artrogripose, doença congênita das articulações das extremidades. Por conta disso, o adolescente já passou por 21 cirurgias nas pernas – a última delas há quatro anos – para ter uma melhor qualidade de vida.
Texto: O Globo
Fotos: Assessoria