A missionária Edinalva Carvalho Nogueira, também conhecida como “Missionária Edina” foi condenada pelo Juízo da 1ª Vara Cível de Cerejeiras pelo crime de tortura. Como líder da Igreja Rafá, ela incentivava, segundo o Ministério Público do Estado, que os fiéis castigassem os filhos como forma de correção, dentro de preceitos bíblicos “para que crescessem jovens corretos”.

A consequência desse conceito distorcido de educação gerou pelo menos uma vítima: a menor J.A.G.L, que foi submetida a intensos castigos pela mãe, Juliane de Lara de Oliveira, em cinco oportunidades. Pelos castigos infligidos à filha, na época com 8 anos de idade, Juliane acabou também sendo condenada no processo, mas pelo crime de maus-tratos.

Segundo o juiz da 1ª Vara Cível de Colorado, Bruno Magalhães Ribeiro dos Santos, a mãe da menor lhe aplicou castigos com vistas à correção do seu mau desempenho escolar, mesmo agindo “sob a sincera crença de que agia corretamente”. O mesmo não aconteceu com a missionária Edina, que determinou deliberadamente o castigo de várias crianças, inclusive assistiu a algumas sessões de espancamento da menor.

Em um dos depoimentos colhidos pelo Juízo, a mãe de Juliana admite que Juliana nunca fora carinhosa com a menor, mas passou a ficar violenta desde que começou a participar dos cultos, e que em uma das sessões de libertação, dirigido pela missionária, esta falou que “criança que atrapalha os pais a fazer a obra de Deus deve ser eliminada da face da terra”.

Pelo crime de maus-tratos contra a filha, Juliane foi condenada a 2 anos e 20 dias de prisão, no regime aberto. Pelo crime de tortura, a missionária levou 4 anos e 9 meses, no regime fechado, pois encontra-se preso desde a fase processual. Cabe recurso da sentença.

Fonte: Rondoniaovivo

sicoob

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