A seleção do lixo urbano no município de Ji-Paraná, na região central de Rondônia – (377km de Porto Velho), vai ganhar reforço com a inauguração do aterro sanitário local – com obra em construção pela empresa MFM Soluções Ambientais.
Pelo menos essa é a expectativa de Celso Luiz Moulaz, presidente da Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Ji-Paraná (Coocamarji). Para Celso, o funcionamento do aterro deve melhorar o processo de seletividade dos resíduos sólidos. “Com a parceria entre a MFM, a Coocamarji e a Prefeitura de Ji-Paraná, podemos desenvolver projetos que beneficiam a vida dos catadores e da comunidade”.
Entre as propostas de Celso está a contratação da Coocamarji para realizar a coleta de lixo na cidade de Ji-Paraná, assim como já acontece no município de Cerejeiras, ao Sul do Estado – 880km de Porto Velho, onde a prefeitura local assinou convênio com uma associação de catadores para a coleta do lixo urbano, orgânico e reciclável.
Celso ressalta que a Coocamarji tem todas as condições para a realização do serviço. Ele lembra que a cooperativa possui parcerias com empresas, como uma central de geração de energia e um empreendimento de Madrid, na Espanha. “Podemos receber apoio dessas empresas, inclusive na aquisição de caminhos compactadores”, afirma.
A central de triagem da Coocamarji, por exemplo, foi construída por meio da parceria citada por Celso. Uma obra com investimento de R$ 1,5 milhão que gera emprego e renda para cerca de 40 catadores locais. “Fazemos a seleção de 120 toneladas de recicláveis, por mês, o que nos promove ganhos que variam entre R$ 1,3 mil e R$ 3 mil para cada catador integrado”, conta.
Há 23 anos catador de recicláveis em Ji-Paraná, Celso, que tem 44 anos de idade, acredita que esse é o melhor momento para os trabalhadores de sua categoria, especialmente porque a destinação correta do lixo, num aterro sanitário, ajuda na tomada de consciência por parte da população. “Temos a MFM Soluções Ambientais como grande parceira e indutora do conceito de como destinar e tratar o lixo urbano”, destaca.
A catadora de recicláveis Valdirene Bathe, de 39 anos – a 15 trabalha no lixão de Ji-Paraná, revela que sua grande paixão é mesmo reciclar materiais que seriam perdidos: “Gosto muito do que faço, apesar das condições um tanto difíceis, pois é daqui que retiro o sustento diário”.
O presidente Celso lembra que Rondônia tem cadastrados aproximadamente 12 mil catadores de recicláveis nos 52 municípios do Estado.
Autor e foto: Assessoria