Na manhã desta quinta-feira, 21, Cristina Zulmira de Moraes Guimarães, visitou a redação do Extra de Rondônia para contestar a forma que a polícia realizou reintegração de posse no lote 439-A – área supostamente invadida.
Cristina é irmã da proprietária de um sítio localizado na linha H Km 6 lote 439-A, Gleba Ique, setor Tenente Marques, a cerca de 40 quilômetros de Vilhena.
De acordo com Cristina, ela e mais quatro famílias estão na área acerca de seis anos, e havia uma ação na justiça impetrada por um fazendeiro requerendo a aérea alegando que pertence a ele.
Porém, o fazendeiro, identificado como Menegol por Cristina, ganhou na justiça a reintegração de posse de uma determinada área.
Contudo, na quarta-feira, 20, a Polícia Militar (PM) foi ao local proceder à reintegração junto ao oficial de justiça. Uma ação foi programada antes para que não houvesse confronto entre as partes. Inclusive na ação foi usado o helicóptero do Núcleo de Operações Aéreas (NOA).
Cristina não contesta a desocupação dos lotes 435, 436, 437, 438, 439 e 455 – citados no despacho da reintegração, mas sim, do lote 439-A, que não consta no despacho.
Segundo ela, o fazendeiro não possui nenhum documento, pois a área pertence à União. Exatamente o lote que ela e mais quatro famílias ocupam acerca de seis anos, e estão no local com consentimento do INCRA – através do programa “Terra Legal”. Cristina afirma ser funcionária pública e não pertence a nenhum movimento social.
Ao site, Cristina afirma que o lote 439-A, que ela e mais quatro famílias ocupam, não está enumerado no despacho do Juiz para reintegração, sendo apenas o 439 – entre outros. Porém, mesmo sem autorização legal, a polícia entrou no lote 439-A, e derrubou duas casas na fundiária, mas deixou três residências na frente. Cristina diz não entender o por que a polícia entrou e derrubou as casas se não havia mandado judicial para tal.
Ela também se diz indignada pela forma que a polícia derrubou a casa do senhor Luiz, que sofre de pressão alta, sendo que quando chegaram ele estava dormindo e não deixaram que o mesmo retirasse seus remédios. A casa foi derrubada com todos seus pertences dentro, disse Cristina. De acordo com a denunciante, deixaram o homem ao relento não tendo para onde ir.
Cristina disse que receberam apenas um comunicado que a partir de terça-feira, 19, a qualquer momento a polícia iria fazer a reintegração da área, porém, ela não imaginou que o lote 439-A entraria na ação, pois ainda está em demanda judicial.
À reportagem, Cristina ressaltou que foi enviado um termo de declaração (foto anexa abaixo) para a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania, pedindo explicações do por que quatro policiais militares numa viatura foram ao local cortaram todas as correntes das porteiras e revistaram as casas sem mandado judicial.
De acordo com Cristina, documentos apresentados por ela e anexados nesta matéria, prova que o lote 439-A, não pertence ao fazendeiro e mesmo assim a polícia derrubou as casas e destruiu as plantações.
O site deixa espaço para eventuais esclarecimentos das autoridades policiais.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia/Cristina Z.M. Guimarães