Na minha atividade profissional, participei da preparação de diversos projetos de viabilidade econômico-financeira. Todos eles, sem exceção, partiam de determinadas “Premissas”, ou seja, os investidores queriam conhecer com antecedência as pressuposições básicas do negócio, que determinariam seu sucesso, para então decidirem se iriam ou não investir nele.

Os fatores preponderantes do sucesso de um negócio são: 1.-Detalhes do Mercado; 2.-Principais competidores; 3.-Disponibilidade, custo e frete da matéria prima; 4.-Logística da produção e comercialização; 4.-Custos de produção; 5.-Formas de comercialização; 6.-Prazos médios de compra e venda praticados pelo mercado; 7.-Condições de venda e processo de entrega dos produtos na região; 8.-Projeção dos custos de energia; 9.-Margem operacional bruta, carga tributária e lucro líquido; 10.-Taxa de retorno do investimento; 11.-Fluxo de Caixa; 12.-Ponto de equilíbrio e 13.-Capital de giro; 14.-Projeção da taxa de inflação para os próximos anos e 15.-Estimativa da evolução da taxa do dólar nos anos seguintes… (para saber se ocorrerão ou não perdas, em moeda forte, neste investimento).

A análise de cada um dos itens acima envolve diversas variáveis, oscilações de valores e quantidades, para mais ou para menos, que podem levar um negócio bem projetado a se tornar inviável, definitivamente, devido a apenas uma ou duas premissas mal projetadas.

Tudo o que vimos aqui, é o que as Universidades e Escolas de Negócios ensinam; é a boa técnica em ação. Contudo, o mundo real é, às vezes, bem distinto dessas afirmações teóricas. Vejamos: Os empresários são pessoas que nasceram para correr riscos, de todas as formas, todos os dias, porém são seriamente afetados em suas ações e trabalho pelas decisões da política fiscal e/ou econômica do governo federal, as quais muitas vezes surgem de imprevisto e repentinamente, sob a forma de criação e/ou aumento de impostos etc. Isto pode ser mortal.

Os empresários são heróis anônimos, tantas vezes incompreendidos pela sociedade, e na sua luta solitária e desesperada de tornar lucrativa sua atividade econômica, preservar os recursos financeiros investidos, fazem o possível e o impossível para serem bem sucedidos…

Eles são arrojados por natureza, impulsionam o crescimento do país via criação de novas fronteiras (em especial no norte do país). Começam com a pecuária ou agricultura, em regiões sem acesso rodoviário, sem comunicações, sem a estrutura mínima para desenvolver uma atividade profissional. Apesar de tudo isso, eles vão em frente!

É assim que o país tem avançado, em boa parte, nas últimas décadas. Esses agentes econômicos são os que “investem”, “criam riquezas”, “geram emprego e desenvolvimento”, mergulhados no desconforto e incertezas, perigos e ameaças de toda a sorte. Nossa homenagem a eles pela sua coragem e garra, valor e bravura, perseverança e trabalho. Muitas vezes eles abandonaram a “boa técnica” dos projetos para trabalhar por “instinto” e pela “fé”. Que as gerações presentes e futuras nunca se esqueçam de nossas raízes e valorizem o trabalho desbravador de nossos pioneiros, neste país continental, rico por natureza e abençoado por Deus.

Texto: Humberto Lago/Consultor Empresarial

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