A empresa proprietária da usina de queima de lixo, instalada no distrito do Riozinho (12km de Cacoal), na tentativa de expor os benefícios da obra para a comunidade, diz que o processo não será de incineração, e sim o de ‘carbonização’.
Marcos Rodrigues, presidente da Cooperativa dos Catadores de Recicláveis de Cacoal (Coopcatar), afirma que “todo o material reciclável no município seria simplesmente queimado na usina”.
Com a usina sendo implantada os grandes prejudicados pelo funcionamento serão, as famílias de catadores de recicláveis. Para Marcos, isso poderá inviabilizar o trabalho dos catadores, provocando desemprego para 40 famílias locais.
O presidente da Coopercatar lembra que os cooperados fazem a seleção e reciclagem em média de 80 a 100 toneladas de materiais por mês, especialmente de plásticos e papelão.
Ou seja, do ponto de vista social, a usina vai afetar a vida de trabalhadores, em número bem maior do que a quantidade de empregos que a empresa acredita que irá gerar, que é 30 contratações.
É importante ressaltar que o processo de ‘carbonização’, também conhecido como Pirólise, ainda não foi comprovado sua eficiência e não há legislação vigente no Brasil que garanta o funcionamento da atividade e os riscos que podem ser causados ao meio ambiente e a saúde humana.
Texto: Assessoria
Foto: Ilustrativa