O secretário municipal de educação, Clésio Cássio Almeida, foi duramente criticado na sessão ordinária da Câmara de Vilhena devido a problemas envolvendo a conhecida “gestão democrática”, processo criado para a escolha de diretores e vices das escolas municipais através de votação de professores, pais e alunos.
Autoria do vereador Samir Ali (PSDB), a portaria autorizando a “gestão democrática” foi divulgada em 03 de maio por Clésio, fixando as diretrizes para a consulta a comunidade escolar.
O caso levantou polêmica ao ponto de servidoras efetivas denunciarem ilegalidade nessa escolha, indo parar no Ministério Público. Leia AQUI e AQUI
Na sessão legislativa, ocorrida na noite desta terça-feira, 3, o vereador Carlos Suchi (PTN) foi duro em suas considerações a respeito da forma como ocorreu o procedimento, o que gerou reclamações de vários professores/candidatos que participaram do certame.
Para Suchi, a consulta popular foi uma verdadeira lambança e culpou Clésio pelo desrespeito com os educadores. “Esse processo democrático, que todos nós, vereadores, aprovamos, era para ter sido conduzido de forma exemplar. Porém, houve uma verdadeira lambança. Houve desrespeito. Eu vejo assim: quando você tem uma empresa, tem que culpar alguém. Nesse caso, a culpa é do gestor. Então, eu acredito que o secretário de educação, Clésio, não conduziu a eleição de maneira correta, acompanhando junto aos fiscais pra ver se a coisa era feita de forma eficiente. Houve uma maneira desatenciosa do secretário com relação ao processo, querido por uns e odiados por outros”, questionou.
CORRIGINDO O ERRO
Suchi, contudo, também parabenizou Clésio, que reorganizou a situação após falhas identificadas quando chegou à Vilhena de sua viagem ao município de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. “O secretário foi ausente nesse processo. Poderia não ter acontecido essas coisas. Se não fosse corrigido, a minha fala seria outra hoje, mais agressivo nas minhas considerações. É importante, para a próxima vez, que as pessoas parem e pensem o que é melhor para a comunidade. Que bom que o erro foi corrigido. O que eu percebi é que cada um queria fazer da maneira que queriam”, completou.
Os questionamentos também foram seguidos pelas vereadoras Valdete Savaris (PPS) e Vera da Farmácia (MDB) alertando aos conflitos e reclamações de nomes de pessoas que tinham sido eleitas, mas não apareciam na relação.
SECRETÁRIO SE DEFENDE
Convidado ao plenário pelo vereador Rafael Maziero (PSDB), alegando autorização do Regimento Interno da Casa, Clésio Almeida disse que há duas comissões responsáveis pela organização da escolha: uma da Semed e outra da escola.
Foram estas comissões que entenderam que alguns candidatos infringiram o edital e candidaturas foram indeferidas. Mas, após reanálise, estas mesmas candidaturas foram deferidas, e publicado uma errata. “Estamos seguindo à risca a Lei”, observou.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia
