O delegado Núbio Lopes, responsável pela delegacia de Homicídios de Vilhena, apresentou em uma coletiva de imprensa realizada na manhã dessa quarta-feira, 11, mais quatro inquéritos concluídos por sua equipe e afirmou que o trabalho dos Policiais Militares de Chupinguaia foi fundamental na agilidade de elucidação de um dos crimes.
O primeiro caso apresentado pelo delegado foi o de um adolescente, de 16 anos, que esfaqueou e matou um homem identificado como Devid Gonçalves, de 33 anos, na tarde do dia 16 de junho, do ano corrente, em frente uma residência, localizada no Bairro Alto Alegre, em Vilhena, que acabou sendo preso cinco dias depois, pelo núcleo de investigação da Polícia Civil e confessou o crime. A motivação não foi revelad, devido se tratar do depoimento de um menor, porém, como este já possuía um mandado de internação em aberto por outros crimes, foi recolhido de imediato a casa do menor infrator, onde aguardará julgamento.
O segundo caso trata-se da tentativa de assassinato contra um jovem, ocorrida por volta das 00h00 do dia 21 de janeiro de 2013, quando caminhava pela Avenida Paraná, também em Vilhena, e foi esfaqueado por um menor, que estava parado na calçada em companhia de outro adolescente e de Moisés da Silva, vulgo “Moi”, que hoje tem 41 anos.
De acordo com as investigações, Moisés e os dois menores, dos quais um é seu filho, estavam no local desferindo pauladas em qualquer pessoa que passasse por ali, sem nenhum motivo que não fosse causar confusão. Porém, quando a vítima em questão passou pela via, em companhia de mais dois amigos, os menores procederam da mesma forma contra este, que tentou uma reação a fim de se defender e acabou sendo esfaqueado por um dos adolescentes incentivado por Moisés.
Apesar da gravidade dos ferimentos, a vítima conseguiu correr até a casa do pai onde recebeu socorro e acabou sobrevivendo. Já os suspeitos, que foram ouvidos e negaram o crime, continuam em liberdade, no entanto, com a conclusão do inquérito e como, segundo o código penal, quem incentiva a prática delituosa responde pelo crime com o mesmo rigor que o agente deste, Moisés acabou sendo indiciado por tentativa de assassinato, por ter ficado claro que instigou o menor a esfaquear a vítima, dizendo a seguinte frase; “pega a faca!”.
Já o terceiro caso apresentado, ocorreu no dia 01 do mês corrente, no município de Chupinguaia, onde um jovem de 21 anos quase morreu ao ser esfaqueado tentando apartar uma briga de rua.
Na ocasião, a Polícia Militar recebeu informações de funcionários do hospital, de que havia acabado de dar entrada na unidade uma vítima de arma branca e de pronto se dirigiu ao local e colheu as características do agressor, realizando em seguida um trabalho investigativo, que segundo o delegado, foi de suma importância para agilizar a elucidação do caso e que os levou a localização do autor do crime, identificado como Manoel Lopes do Nascimento, de 49 anos, em um hotel.
Mesmo Manoel negando veementemente a autoria do crime, os militares não se convenceram e levaram o suspeito até a vítima, que de pronto o reconheceu, sendo possível proceder com a prisão em flagrante deste, que permanece detido.
O pivô do crime chegou a ser ouvido, porém, alegou não conhecer seu defensor e nem saber o motivo que o levou a intervir na discussão a seu favor. Apesar do risco que correu devido a gravidade dos ferimentos, a vítima se recupera bem e já recebeu alta hospitalar.
O quarto e último inquérito concluído é refente uma tentativa de assassinato contra Wellington Schaida de Sousa, ocorrida no dia 19, de agosto de 2014, onde este afirmou ter sido alvejado por disparos de arma de fogo horas depois de ser liberado de uma prisão por furto.
Na ocasião a vítima afirmou que dois jovens se aproximaram em uma bicicleta, sendo que apenas Mateus Araújo Brecher, mais conhecido como “Mateuzinho”, teria efetuado os disparos contra sua pessoa, dos quais um atingiu de raspão um de seus dedos mínimos das mãos.
Devido o suspeito, que era menor, ter negado o crime e os relatos da vítima, que foi morta em outra ocasião, não terem sido suficientes para identificar o segundo envolvido, haja vista que havia muitos pontos desconexos tanto na veracidade do atentando quanto da autoria, não foi possível indiciar o menor, sendo o inquérito arquivado por falta de provas.
Texto e foto: Extra de Rondônia