Ana Alice, de 41 anos, mãe do jovem Pedro Paulo Tech Carvalho, de 21, baleado na perna por um policial militar na madrugada de sábado, 21, durante uma festa na Chácara do Raimundo, em Vilhena, procurou a Redação do Extra de Rondônia para denunciar a atitude do policial, que segundo ela, tentou executar seu filho.

De acordo com Ana Alice, que estava no local no momento que o jovem teve a perna fraturada por um tiro disparado pelo militar, que havia acabado de entregar o plantão e que segundo ela, apresentava sinais de embriaguez, além de o agente ter interferido em uma briga envolvendo a irmã da vítima, sem ser segurança do local, o mesmo já chegou atirando e após balear o jovem, ainda correu atrás do mesmo e disparou mais duas vezes em sua direção.

“Meu filho apenas queria tirar a irmã da discussão quando foi baleado, em nenhum momento ele agrediu ninguém e o policial correu atrás dele para dentro do rio e disparou mais duas vezes com a intenção de executá-lo”, afirmou a mulher.

Ainda segundo Ana, os seguranças do local comunicaram a central de operações da PM e o Corpo de Bombeiros, mas ninguém compareceu para prestar socorro, tendo a vítima, que se deslocar até o hospital na garupa de uma motocicleta.

“Meu filho poderia ter morrido e ninguém fez nada, os seguranças não tinham armas então não poderiam intervir. Não é a primeira vez que o militar que atirou no meu filho sai exibindo a arma e fazendo atrocidades, pois há pouco tempo o mesmo esteve em uma festa em outra chácara e uma jovem pegou a arma dele e efetuou dois disparos para o alto”, relatou Ana.

“Estou aqui para exigir providências do comando da PM, pois meu filho faz medicina na Bolívia e agora está impossibilidade de retornar as aulas e até o momento ninguém foi ao hospital prestar nenhum tipo de auxílio”, concluiu a mãe da vítima.

Diante dos relatos de Ana Alice, a reportagem do site conversou com o subcomandante, capitão Diego Batista de Carvalho, que responde durante o período de férias do comandante do 3° BPM, Paulo André Santos de Souza, e este afirmou que devido o policial não estar a serviço no momento dos fatos, no ato não se configura crime militar e o mesmo vai responder através de um inquérito instaurado pela Polícia Civil.

Ainda segundo o subcomandante, paralelamente ao inquérito policial instaurado na Polícia Civil, foi instaurada uma Sindicância para apurar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e a conduta do militar na esfera disciplinar. É necessário, antes de emitir qualquer juízo, elucidar os fatos ocorridos para posteriormente chegar a uma possível responsabilização do mesmo. A Sindicância irá apontar as circunstâncias do episódio e embasará qual a providência a ser adotada para o caso.

Texto e foto: Extra de Rondônia

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