Na manhã desta terça-feira, 24, o subtenente Jurandir Santana visitou a redação do Extra de Rondônia para divulgar o trabalho no comando do Tiro de Guerra (TG), em Vilhena.
Ele iniciou explicando que o TG é uma unidade comandada por um subtenente ou sargento com a missão de cumprir o alistamento de atiradores ao serviço do Exército Brasileiro, com apoio da prefeitura do município.
Santana disse que desde 1964 o serviço militar promulgou a obrigação a todos os brasileiros que completam 18 anos devem fazer o alistamento numa junta militar mais próximo da sua cidade ou região.
Segundo Jurandir cerca 1200 jovens se alistaram no TG e durante o processo de avaliação foram analisados aos rapazes critérios como: cidadão que não tem problemas com a justiça.
Assim como também que estejam finalizando ensino médio ou cursando algum curso superior. Dessa lista somente 50 são selecionados que passam por uma avaliação psicológica, física, médica e uma entrevista antes se serem incorporados na tropa.
“Após serem inseridos no batalhão, os atiradores passam por uma instrução de armamento, como combater na selva, no ambiente urbano e padrões de lei da ordem realizados todos os dias no período da manhã por duas horas e depois são liberados”, pontou Santana.
Santana enfatizou que, nesses 28 anos de serviço militar, se impressionou com população de Vilhena a maneira que se identificam com TG. Para ele, essa reciprocidade estimula a turma e a ele como instrutor.
Ele garanti que durante esse primeiro semestre, cerca de 15 atiradores despertaram o interesse de realizar a prova de sargento atirador na base militar de Porto Velho e a turma deve estar se deslocando com apoio de um transporte cedido pela secretária municipal de educação. “Formar um combatente do TG desperta o interesse a seguir a carreira militar”, avalia.
“Muitos jovens quando entram no TG não têm uma perspectiva de vida e quando começam a se inserir, começam a ter mudança na sociedade como disciplina, hierarquia, honradez, lealdade. Esse é um dos principais objetivos que me proponho quando vou assumir um grupo de combatentes”, realçou.
CONDENAÇÃO DE EX-SUBTENENTE
Santana aproveitou a oportunidade para também esclarecer o caso de um ex-subtenente condenado à reclusão acusado de torturar um antigo soldado do TG.
Para ele, é um caso isolado que envolveu aquele instrutor e o soldado perante a justiça. “Fico um pouco triste pela tropa. Mas, para mim, esse ex-subtenente não representa o exército. Se ele foi acusado é porque teve uma parcela de culpa e assim a justiça decidiu. Acredito que quando você trata com educação, será tratado com educação”, finalizou Santana.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia