O ex-vereador Hernando Lucena visitou a redação do Extra de Rondônia nesta quarta-feira, 25, para fazer um desabafo sobre o que ele considerou “absurdos” que ocorrem na atual legislatura da Câmara de Vilhena.
Lucena, que exerceu mandato, na condição de suplente, no período de novembro a dezembro de 2016, condenou a construção do prédio da nova Câmara, deu nota “3” à atual legislatura e diz que a Câmara de hoje é a mais cara da história do município.
Ele ficou revoltado com denúncia do advogado Caetano Neto, veiculado no Extra de Rondônia, que pediu ao prefeito Eduardo “Japonês” para que reduza o repasse ao Legislativo, que até dezembro de 2018 será de R$ 17 milhões. Leia AQUI
Para Lucena, os atuais vereadores pregaram mudança, o que não aconteceu. “Dou nota três (03) à atual legislatura. Não dou mais nota a uma legislatura que pregou mudança. Aliás, houve, sim, mudança. Mas para pior. Estão gastando R$ 2,5 milhões num prédio novo que não tinha necessidade”, analisou.
Ele garante que, nos dois meses que exerceu mandato de vereador, junto com os demais parlamentares, que tinha Maria José da Farmácia como presidente da Casa, conseguiram economizar e devolver dinheiro aos cofres públicos. “A Câmara de hoje é a mais cara da história de Vilhena. Em 2016, quando era vereador, diminuímos tudo e qualquer gasto, cortando assessores e devolvendo R$ 500 mil para o município, tendo em vista que os recursos do Instituto da Previdência (IPMV) estavam atrasados. Hoje a Câmara gasta sem controle”, reclamou.
DIÁRIAS E ASSESSORES
Lucena disse que também fica indignado ao saber que o dinheiro público é usado sem controle na Câmara com diárias para vereadores e assessores.
Ele explica: “Aprovaram uma ajuda de custo de R$ 5 mil e continuaram pegando diárias. Tem assessor de vereador que pega até seis diárias, com destino para Porto Velho e até Brasília (DF). O que eles fazem lá? Estão gastando demais. Isso tem que acabar. Vou entrar com projeto de Lei pedindo para que cada vereador tenha apenas dois assessores. Não há necessidade de mais do que isso. Antes que eu entre na Câmara tinha 86 assessores para nove (9) vereadores, em 2016. Cortamos tudo isso. A Câmara poderia devolver dinheiro à prefeitura, igual fazem em outros municípios do Cone Sul, pra fazer escolas, creches e outras construções”, analisa.
MURO DE BERLIM
O ex-vereador também condenou a maior obra pública municipal em construção em Vilhena. Trata-se do novo prédio da Câmara de Vereadores, que custará R$ 2,5 aos cofres públicos. Da obra, inclui um muro que está sendo muito questionado pelos vilhenenses. Leia AQUI
Na opinião de Lucena, o prédio e o muro fogem dos padrões e não deveriam estar sendo construídos num momento delicado por que Vilhena atravessa. “É muita gastança com a nova Câmara e com o ‘muro de Berlim’. Dá para fazer uma obra desse sim, mas só quando Vilhena resolve seus problemas que tem. Primeiro temos que resolver os problemas para depois fazer uma coisa bonita igual essa”, observa.
O Muro de Berlim foi uma barreira física construída pela República Democrática Alemã durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental.
O site deixa espaço à disposição dos vereadores para eventuais esclarecimentos sobre o assunto.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia