Um morador revelou semanas atrás à Justiça o que muita gente ouve falar: casas repassadas pelo Governo Federal a famílias carentes estão sendo comercializadas em Vilhena.

Em visita à redação do Extra de Rondônia, o denunciante, que preferiu não ser identificado, garantiu que formalizou a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) para que o caso seja investigado e os culpados punidos.

Os imóveis, do programa federal “Minha Casa, Minha Vida”, foram repassados a beneficiários através de sorteio em 2015.

Conforme o morador que denunciou o caso, há 51 casas vendidas, 12 alugadas e 32 fechadas. “Fui ao MPF porque acho uma injustiça o que está acontecendo lá no bairro. Pessoas que diziam que precisavam de moradia venderam o imóvel. Isso precisa ser investigado”, alegou.

Em abril de 2017, um caso de venda de imóvel, pela rede social, foi denunciado pelo site. Relembre AQUI

CEF ALERTA

Em julho de 2017, Valdinei Dias Pinheiro, assistente de projetos sociais da CEF, de Porto Velho, esteve nem Vilhena para uma palestra aos moradores do residencial “União” e alertou a respeito das normas estabelecidas aos beneficiários de casas populares. “O uso inadequado do imóvel, assim como a venda ou empréstimo, é proibido. Isso só pode acontecer após 10 anos de formalizado o contrato, ou o pagamento das 120 parcelas disponibilizadas. Quem fez isso ou pensar em fazer responderá criminalmente”, disse Pinheiro.

Ele completou dizendo que “o morador não pode também construir uma obra para implantar um bar ou mercadinho. Tudo isso é proibido. O local é destinado somente para moradia, e não para comércio”. Relembre AQUI

PREFEITURA CONFIRMA DENÚNCIAS

Ouvida pelo Extra de Rondônia, a secretária de assistência social de Vilhena, Patrícia da Gloria, disse que assim que soube das denúncias, sua equipe começou a realizar  um levantamento para verificar se cada titular está morando em sua moradia.

Contudo, há uma dificuldade: os denunciantes não querem identificar os supostos vendedores  que – segundo ela  – dificulta a averiguação.

“Esse tipo de informação precisa ser detalhado para dar ênfase no levantamento. Porém se algum vilhenense observar alguma irregularidade de um titular do bairro união pode vir até Semas fazer a denuncia que sua identidade será mantida em sigilo”, pontuou.

Patrícia explicou que as denúncias serão encaminhadas à CEF e ao MPF para as providências que o caso requer.

Patrícia da Gloria, titular da Semas, explicou o caso

 

Texto e foto: Extra de Rondônia

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