Oliveira disse que, até agora, pagou apenas um tanque de combustível usando verba indenizatória

O presidente da Câmara de Vilhena, Adilson de Oliveira (PSDB) visitou a redação do Extra de Rondônia nesta semana, momento em que fez um balanço de suas ações nesses 1 ano e 8 meses à frente do Poder Legislativo.

Na entrevista, o parlamentar falou de vários assuntos, como a construção do prédio do Legislativo, gastos com verba indenizatória, a experiência de ser prefeito, a polêmica Lei do Nepotismo, a nomeação do irmão na prefeitura e o relacionamento político com o prefeito Eduardo “Japonês” (PV).

EXPERIÊNCIA PRODUTIVA

Oliveira começou fazendo um balanço de suas atividades. Para ele, o período em que está como presidente da Casa de Leis lhe deu uma nova experiência, diferenciada, mas muito produtiva e compensatória no quesito conhecimento.

Garantiu que economia é uma de suas prioridades. “Consegui fazer uma administração que ficará marcada na história de Vilhena, com uma economia recorde e zelo com o dinheiro público. Conseguimos concretizar união entre os vereadores. Temos opiniões diversas, mas nos mantemos unidos, fazendo um trabalho sério. Orgulho-me muito disso. Faço votos que os vereadores das próximas legislaturas venham dar continuidade ao trabalho realizado, valorizando e cuidando o dinheiro público”, destacou.

NOVO PRÉDIO DA CÂMARA

Com relação ao novo prédio da Câmara, Oliveira afirmou que a produção atinge 45% da obra, e que a previsão é que sejam finalizadas em março. Mas acredita que a empresa possa finalizar antes dessa data. Garante que acompanha e fiscaliza a obra para que não existam problemas.

VERBA INDENIZATÓRIA

Sobre este assunto, o presidente garante que sua gestão gerou economia ao município. Alegou que verbas indenizatórias existem em todo o país, mas que em Vilhena foi usado corretamente.

“A verba indenizatória foi incluída para gerar economia aos cofres públicos. Antes o recurso era de R$ 5 mil para cada vereador, mas foi baixado para R$ 3,5. Porém, nunca foi usado esse valor para todos os vereadores. Muitos preferem nem usar o recurso. Até agora, desde que foi criada a verba indenizatória, usei apenas um tanque de combustível”, ressaltou.

REDUÇÃO DE SALÁRIOS

Ele também garantiu que os salários dos vereadores foram reduzidos, principalmente dos que ocupam cargos na mesa diretora para que sejam iguais com os outros. “Dos que fazem parte da mesa diretora foi de R$ 723,00 e o meu R$ 1.723,00. Assim ficou igual a todos os componentes da mesa. Isso é histórico em Vilhena”, comemora.

DOIS MESES DE PREFEITO

Oliveira também comentou seus dois meses de prefeito-tampão de Vilhena. Ele assumiu o cargo para substituir a ex-prefeita Rosani Donadon.

“Foi uma experiência diferente, cansativa, mas valiosa. Nesses 60 dias tive um conhecimento vasto. Todo vereador deveria acompanhar o prefeito por esse período para saber o trabalho do prefeito. Isso fará com que o vereador faça um trabalho melhor no quesito fiscalização. Foi de suma importância pra mim. Valeu a pena, apesar dos desgastes. Eu assumi a prefeitura do dia para a noite, e iniciei a montagem do secretariado. As pessoas que estiveram comigo são aquelas que querem o bem de Vilhena”, observou.

RELACIONAMENTO COM O PREFEITO

Sobre seu relacionamento político com atual prefeito, Oliveira disse que são dos melhores, já que apoiou e pediu votos aos seus amigos na campanha para eleger “Japonês”.

Porém, salientou que, se for necessário, vai usar a tribuna da Câmara para criticar ações que não condizem com o desenvolvimento do município, como aconteceu um dia após o prefeito tomar posse e exonerar mais de 400 servidores de uma canetada só.

“Eu não esperava que fosse uma exoneração total. No meu entender, foi um ato errado. Mas, quanto à administração dele, eu tenho que ajudar e não posso criticar. Agora, se lá na frente, ele pecar, criticarei. Nesse momento, não adianta cobrar sem ter um conhecimento do trabalho dele. Participei da campanha, pedi votos para Eduardo, e tenho um compromisso maior do que na gestão passada. Pedi para meus amigos que confiassem nele, a responsabilidade é maior. Criticaremos se for necessário, mas parabenizando se for o caso”, analisou.

COMPETÊNCIA DO IRMÃO

Oliveira também comentou a nomeação do seu irmão, Délcio de Oliveira, como Assessor Executivo na prefeitura, o que caracterizaria nepotismo cruzado. Para ele, a nomeação deve-se ao quesito competência.

“Não tenho nada a ver com a nomeação do meu irmão. Ele é um cara capaz, fez um bom trabalho à frente da Secretaria Municipal de Esporte. Assumiu porque foi uma necessidade do município. Eu não tenho compromisso com Eduardo e nem ele comigo”, esclareceu.

NEPOTISMO

O presidente da Casa também explicou as mudanças da polêmica Lei do Nepotismo.

“Nossa administração é transparente. Não mexemos nada no relativo ao quesito político, e foi especificamente para beneficiar ao servidor público. Um servidor concurso pode ter um irmão, pai que também pode trabalhar no município. Nós não podemos prejudicar a nossa população e sim ajudar. O que não podemos ter em Vilhena é o abuso, e que uma única família domine os principais cargos municipais. Mas o trabalhador não pode se prejudicado”, frisou.

Oliveira encerrou a entrevista agradecendo e destacando que a população de Vilhena pode esperar o melhor. “Hoje estou lá, mas o amanhã a Deus pertence. O cargo de vereador é momentâneo e conseguir contribuir com o nosso município”.

Adilson de Oliveira em entrevista ao jornalista Orlando Caro

 

Texto: Extra de Rondônia

Fotos: Extra de Rondônia

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