Uma confusão entre o prefeito Eduardo Japonês (PV) e o radialista Júlio César Silva, virou caso de polícia.
O fato aconteceu por volta das 11h20 desta sexta-feira, 7, no gabinete da prefeitura de Vilhena.
De acordo com release enviado pela assessoria de imprensa da prefeitura, Julinho, como é conhecido, invadiu a sala e dirigiu ofensas e calúnias contra o mandatário municipal.
Ao narrar o fato, a assessoria garante que o comunicador estava “destemperado” e passou a questionar Japonês, repetidamente, sobre diversos assuntos em tom alto de voz.
“Foi oferecida uma cadeira para o radialista sentar, mas este recusou e se aproximou mais ainda do prefeito, na mesa central da sala, elevando o tom, de dedo em riste. Em seguida o professor e assessor executivo do gabinete Gilson Ferreira, se levantou e se colocou entre o radialista e o prefeito, que permaneceu sentado. As ofensas de Julinho passaram, então, a se dirigir ao professor, insinuando de forma acusatória que Gilson estivesse armado ou com intenção de atacá-lo. Protegendo o prefeito, Gilson, que não tem arma de fogo e nunca andou armado, se manteve entre os dois”, disse a nota.
A Polícia Militar foi acionada, mas o comunicador já havia se retirado do local. Entretanto, um boletim de ocorrência foi lavrado para investigar o caso.
RADIALISTA SE DEFENDE
Em visita ao Extra de Rondônia, Julinho contestou nota da assessoria de Japonês. Disse que foi ao gabinete para fazer (e ouvir) dois questionamentos do mandatário. O primeiro seria referente a ameaças de fechar a emissora de Rádio Positiva FM, onde Julinho é um dos responsáveis, e o aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).
“As ameaças do prefeito, enquanto bêbado, aconteceu semana passada na Choperia ‘La Varanda’ e foram ditas ao radialista Miguel Pereira, que também é um dos membros da emissora. Japonês estava lá junto ao vereador Rafael Mazieiro e disse que iria fechar a rádio custe o que custar, igual fez com a granja do ex-prefeito Melki Donadon”, disse o comunicador, explicando que só em novembro, a Anatel, órgão fiscalizador da emissora, esteve três vezes para averiguar supostas denúncias, mas não foram constatadas nenhuma irregularidade.
O segundo assunto seria o aumento do IPTU, que, para o comunicador, é descabido. “Muitas pessoas vieram pedir minha ajuda, pois não têm condições de pagar a obrigação, caso o aumento abusivo seja confirmado. Então, eu iria tentar conversar com o prefeito para não prejudicar Vilhena de forma tão agressiva. Ainda bem que temos o Legislativo ainda, ou o povo estava ferrado. Enquanto as ruas estão esburacadas, alagadas e no escuro, o Hospital Regional de mal a pior, a educação terminando o ano sem merenda nas escolas, e o prefeito preocupado unicamente em perseguir a imprensa livre, ameaçando e tentando calar a voz das comunidades. Ele não sabe que a própria Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) à época, Carmem Lúcia, se pronunciou sobre casos como esse dizendo que ‘O tempo do cala boca já morreu’”, finalizou o comunicador.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia