Na noite desta terça-feira, 12, os vereadores vilhenenses promoveram uma experiência para avaliar o interesse dos cidadãos em acompanhar o trabalho do Parlamento da cidade através do acompanhamento das sessões ordinárias in loco.
O resultado foi decepcionante e comprovou que os vilhenenses – aparentemente – não prestigiam o trabalho de seus representantes eleitos.
A iniciativa dos vereadores foi relatada ao Extra de Rondônia por Carlos Suchi, que revelou o singular método usado para aferir a presença do público à sessão ordinária realizada ontem a noite, a segunda deste ano.
“Orientamos nossos assessores a não virem para a sessão a fim de verificarmos qual seria o público presente atraído ao Parlamento sem a obrigatoriedade do comparecimento”, explicou o vereador. “O resultado é isso que vocês estão vendo aí: mesmo com a troca do horário, passando as sessões para o período noturno, o povo não comparece”, arrebatou.
Apesar da ordem expressa, a plateia da sessão estava composta por alguns funcionários do Legislativo, que somados a servidores da prefeitura presentes compunham mais de 80% do público presente.
Trocando em miúdos, havia não mais que os famigerados “meia-dúzia de gatos pingados” acompanhando os debates e ações dos parlamentares que geram impacto direto na vida da comunidade.
A realidade comprova o que dizia o ex-vereador Vanderlei Graebin e outros políticos que passaram pela Casa de Leis: não importa o dia, local ou horário em que se faz a sessão da Câmara, pois o povo só comparece mesmo de forma seletiva, através de extratos específicos da sociedade, quando há um assunto em pauta que interessa a tal parcela da população.
A louvável ação de transferir a realização das sessões da manhã para a noite das terças-feiras, tomada após iniciativa do vereador Rafael Maziero com apoio unanime dos colegas há dois anos não teve o retorno esperado da população, portanto não se justifica mais a realização da mesma no horário noturno.
Texto: Extra de Rondônia
Foto: Extra de Rondônia