Adilson de Oliveira e França Silva

A fila de espera para pacientes que precisam de cirurgias de alta complexidade foi o estopim para que o governo de Rondônia fosse duramente criticado por parlamentares vilhenenses na sessão desta terça-feira, 12, da Câmara de Vereadores.

França Silva (PV), Adilson de Oliveira (PSDB) e o presidente Ronildo Macedo (PV) se manifestaram acerca do assunto de maneira contundente, após o tema ter sido levado à baila pelo primeiro.

Em seu momento de uso da palavra na tribuna do Legislativo, o vereador França Silva relatou o caso de uma paciente que está há várias semanas no Hospital Regional de Vilhena aguardando transferência para Cacoal ou Porto Velho a fim de operar um fêmur fraturado.

“A dor desta vilhenense foi expressada de forma muito dura e como vereador fui cobrado com veemência acerca da omissão do poder público com relação a situação caótica do sistema de saúde”, afirmou.

Silva, no entanto, emendou dizendo não ser justo que os vereadores ou mesmo o prefeito – além de outras autoridades municipais sejam responsabilizados pelo que ele chamou de “omissão do Estado”. “O Município responde por ações de saúde básica, e está cumprindo o seu papel, mas quem está sofrendo e paga impostos não quer explicações, mas sim atendimento”, argumentou.

Prosseguindo em sua fala, França destacou que o Estado se omite também em cumprir sua obrigação de honrar o convênio para enviar recursos a fim de custear gastos do setor de UTI do HR. “Há treze meses o governo de Rondônia não manda um centavo para cá, e a UTI só funciona porque a prefeitura arca com a despesa total. Desta maneira acaba faltando dinheiro em outra ponta”, questionou.

O vereador lembrou que a bancada legislativa do Cone Sul conta com quatro integrantes, e cobrou dos deputados ação junto ao governo para resolver a questão.

Suas palavras tiveram eco no discurso seguinte, proferido por Adilson de Oliveira. Este chegou a dizer que o Estado deve assumir a gestão do Hospital Regional, “pois se trata de sua responsabilidade”.

Ele alega que desta forma a prefeitura ficaria livre do pagamento de salários de mais de 800 servidores, e poderia aplicar recursos humanos e financeiros para investir na UPA e nas unidades básicas de saúde. Oliveira também cobrou interesse dos deputados da região em buscar solução aos problemas junto ao governo.

Finalizando o debate, o presidente Ronildo Macedo parabenizou os colegas pela abordagem do tema, e orientou sua assessoria no sentido de oficiar os parlamentares estaduais acerca da urgência do assunto.

 

Texto: Extra de Rondônia

Foto: Extra de Rondônia

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