Em visita à redação do Extra de Rondônia nesta quarta-feira, 13, o deputado estadual vilhenense Luizinho Goebel (PV) destacou os temas que tem causado maior impacto social neste início de ano legislativo, revelando quais serão as pautas principais que pretende abordar na largada do quarto mandato.
Energia, estradas, saúde e segurança estão na pauta do parlamentar, com prioridade para ações direcionadas ao Cone Sul.
Luizinho demonstrou que está antenado ao que vem acontecendo neste início de ano, e pontuou os assuntos que mais tem afligido a comunidade, começando pela questão do aumento da tarifa de fornecimento de energia.
Ele também comentou os problemas da saúde pública em Vilhena apontando caminhos para soluções; falou da situação das estradas no Estado e fechou a entrevista abordando a crise entre os servidores do sistema penitenciário com o governo.
AUMENTO DA TARIFA DE ENERGIA
“Sou terminantemente contra essa cobrança abusiva, mas trata-se de uma questão de competência do governo federal, portanto temos pouco poder institucional para enfrentar a questão”, disse o deputado, que, no entanto garante solidariedade e compromisso com a população, assegurando que participará de ações para pressionar a empresa fornecedora e o governo federal no sentido de rever o aumento.
Luizinho ressaltou que a privatização da Eletronorte foi nociva ao povo, e é questionável em todos os sentidos, “porém é uma decisão de âmbito federal e a Assembleia Legislativa não tem prerrogativa institucional para intervir”. Ele disse também que pretende articular colegas de Parlamento no sentido de promover pressão sobre os responsáveis do setor para aliviar o encargo que incidirá sobre os consumidores.
SAÚDE PÚBLICA
O deputado enumerou uma série de ações que devem ser promovidas pelo Município a fim de melhorar o atendimento aos pacientes do Cone Sul, uma vez que o Hospital Regional atende várias cidades, e declarou que a ideia de passar o controle do HR ao Estado é inviável.
“Para elevar o padrão do sistema deve-se desencadear uma série de ações como investimento e melhoria da rede básica, com adoção da metodologia de planificação. É necessário também um mutirão para acabar com a fila de 1,7 mil pacientes a espera de cirurgias eletivas em todo o Estado; criar uma ala ortopédica no Regional a fim de se aproveitar a estrutura existente aqui para atender os doentes, trazendo médicos para cá ao invés de levar os pacientes para Cacoal ou Porto Velho; agilizar a resposta ao sistema de agendamento de atendimento fora do Município; ampliar de três para dez o número de especialidades da policlínica de Vilhena; e inverter a lógica atual do sistema, trazendo a saúde ao usuário ao invés de leva-lo até ela”, detalhou.
Sobre a proposta de “devolver” o Regional para administração do Estado, Luizinho diz que a proposta é inviável dado a precariedade do sistema estadual de Saúde. “É melhor para todos que a gente trabalhe no sentido de melhorar o atendimento local e reforce o sistema estadual antes de se entrar neste debate, pois hoje a proposta é impraticável”, analisa.
ATRASO NO REPASSE DA UTI
Sobre o atraso de 13 meses dos repasses de custeio da UTI de Vilhena, Goebel disse ter do novo governo o compromisso de se manter o pagamento em dia a partir de agora, quitando todos os meses uma parcela da dívida acumulada. “O secretário disse que paga uma em dia e outra atrasada a cada mês, zerando o déficit em pouco mais de um ano”, explicou.
ESTRADAS
Goebel afirmou que as condições da malha viária do Estado são “precárias ao extremo”, pois segundo ele estariam sem ações de monta tanto na ampliação quanto na conservação desde quando terminou a segunda gestão do ex-governador Ivo Cassol, há oito anos.
“É uma calamidade total, e o novo governo tem que investir desde a aquisição de máquinas e equipamentos até a formação de quadros profissionais. O caos afeta gravemente o setor produtivo, mola principal para impulsionar a economia do Estado, portanto deve ser prioridade na agenda do governo”, argumentou.
O deputado se coloca à inteira disposição para contribuir com sua experiência e atribuição institucional nesta questão.
AGENTES PENITENCIÁRIOS
Luizinho recomenda bom senso tanto aos servidores quanto ao governo para encontrar saída que pacifique a crise e o sistema retorne a normalidade. “Estou à disposição para mediar um acordo que encerre a celeuma o quanto antes, pois além de causar impacto econômico ao Estado gera medo e insegurança ao povo de Rondônia”, encerrou.
Texto: Extra de Rondônia
Fotos: Extra de Rondônia