Rondônia já registrou um caso de óbito causado pela infecção do vírus H1N1, no mês de janeiro, de acordo com a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). A vítima morava na Capital.
Mais um caso do vírus foi confirmado em fevereiro e cinco estão sob investigação, sendo dois em Cacoal, um em Ji-Paraná e outro em Vilhena.
O alerta decorre do surto que o Amazonas vive desde o início do ano, quando, segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, já foram registradas 21 mortes no Estado.
Até o momento, foram notificados 318 casos da síndrome gripal grave no Estado, destes, 72 são positivos para o Vírus da Influenza A (H1N1) e 45 para Vírus Sincicial Respiratório (SRV).
Em média, cinco embarcações fazem o trecho de Porto Velho/Manaus e Manaus/Porto Velho, durante toda a semana, e com a chegada e saída dessas embarcações, no Porto do Cai n’Água, em Porto Velho, o risco de contaminação tende a aumentar devido ao grande fluxo de pessoas que chegam na capital através do transporte fluvial.
No porto do Cai n’Água até o momento não existe nenhuma fiscalização por parte da saúde para prevenção de doenças.
A gripe H1N1 é uma doença altamente contagiosa que pode ser transmitida de pessoa para pessoa, através de secreções respiratórias e do contato, podendo levar as pessoas a um quadro de infecção respiratória e em casos críticos, podendo levá-las à morte.
Em 2018, Rondônia registrou 133 casos suspeitos do vírus H1N1, dos quais 12 foram confirmados.
A coordenadora estadual de Vigilância Epidemiológica, Arlete Baldez, informou que já estão sendo tomadas várias medidas para prevenção da doença no Estado. Ela acrescentou que o período de maior circulação do vírus da H1N1 é durante o inverno amazônico, no período chuvoso, e que o vírus não é um caso novo, ele é sazonal e já se encontra no meio dos outros vírus que circulam, mas agora com mais intensidade.
“O que podemos ter é um aumento da circulação dele por causa do surto no Estado do Amazonas. Nós já fizemos um alerta para todos os municípios para que as equipes fiquem atentas e sensibilizadas de que pode ocorrer uma demanda maior de atendimento por gripe nas unidades de saúde e, se tiver, tem que haver um registro para fazermos um acompanhamento dos casos”, disse Arlete.
VACINAÇÃO
A Agevisa entrou em contato com o Ministério da Saúde pedindo a antecipação da Campanha de Vacinação contra a Influenza no Estado, marcada para ser realizada de 10 de abril a 31 de maio, mas, segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, o Ministério informou que toda a logística de distribuição para o Brasil inteiro já está toda definida e que seria um grande transtorno adiantar a campanha em Rondônia.
“As nossas vacinas estão programadas para chegar ao Estado nos dias 29 e 30 deste mês, e nós estamos todos preparados para fazer a distribuição dessas vacinas para todos os nossos municípios. Esse ano nós notificamos sete casos. E dois confirmados. Dentre eles, um está recebendo o tratamento e evoluiu para a cura e o outro caso veio a óbito”, comunicou.
A recomendação da Agevisa é para que as pessoas, ao perceberem os sintomas e apresentem qualquer sinal de gripe, procurem as unidades de saúde para serem avaliadas.
“Nós estamos com uma ameaça muito grande devido o surto no Amazonas. A pessoa que está com síndrome gripal e tomar a medicação nesse período oportuno ela não evolui para um quadro grave. O ideal é que a pessoa inicie esse medicamento até 48 horas do início dos sintomas e é uma forma eficaz de evitar a infecção respiratória”, informou Arlete.
A vacina contra a gripe H1N1 é especialmente indicada para alguns grupos de risco que apresentam maiores chances de contrair a gripe, entre os quais idosos com mais de 65 anos, portadores de doenças crônicas, como diabéticos, doentes do fígado, coração ou asmáticos, crianças com menos de 2 anos e mulheres grávidas.
A transmissão do vírus pode ser minimizada com os atos de lavar sempre as mãos, usar lenços descartáveis para cobrir boca e nariz, ao tossir ou espirrar, evitando o contato com muitas pessoas, evitar levar as mãos aos olhos e à boca e evitar lugares com aglomerações.
Fonte: Diário da Amazônia