Nada de otimismo exagerado. O deputado Lúcio Mosquini, coordenador da bancada federal de Rondônia, sempre esteve certo em relação aos possíveis resultados para a diminuição da conta de energia paga pelo rondoniense, desde que a Energisa assumiu o comando da Ceron.
Ele sempre contabilizou que a diminuição máxima que se conseguiria – se houvesse algum acordo – seria em torno de 7 por cento. Nesta quarta, em uma reunião no Ministério das Minas e Energia, os primeiros 3,75 por cento de diminuição nas conta de luz foram conseguidos. Há ainda uma esperança concreta de que outros 4 por cento sejam também retirados do abusivo aumento decretado pela Aneel, somando então um pouco mais, talvez meio por cento, do que Mosquini considerava que poderia ser conseguido.
Ou seja, o aumento de 27,5 para as empresas pode cair para 20,5 e o reajuste de 25,5 para o consumidor comum, pode baixar para 18,5 por cento. A partir daí, qualquer novo corte nos reajustes já autorizados e eventuais cobranças a mais no futuro, só ocorrerão em caso especial: se o governo federal decidir por uma Medida Provisória que determinasse à Energisa comprar energia mais barata das usinas Santo Antônio e Jirau.
A proposta, aliás, é do próprio Lúcio Mosquini, que avisou que a luta pela diminuição do preço da energia no Estado vai continuar. A baixa nas contas seria proporcional ao custo menor que a distribuidora pagaria às geradoras. Mas daí já é uma nova guerra em Brasília.
O encontro no Ministério contou com as presenças do líder da bancada, Mosquini; do senador Marcos Rogério; das deputadas Mariana Carvalho, Jaqueline Cassol e Silvia Cristina e dos deputados Mauro Nazif e Léo Moraes. Eles se reuniram com o ministro das Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque; com o diretor da Aneel, André Peptoni e outras autoridades do setor.
Portanto, que fique registrado que aqueles discursos eufóricos, prometendo milagres, com juras de que a Aneel se renderia às pressões, vão ficar lá pela vala comum da demagogia. A verdade é que, desde o início, já se sabia que as chances de uma reversão no aumento seria extremamente difícil. Um dos poucos que falou claramente o que aconteceria, desde o começo, para não criar falsas expectativas, foi o próprio Lúcio Mosquini. Portanto, os 3,75 por cento de corte no aumento e outros 4 por cento que podem vir (não é oficial e nem definitivo), representam o máximo que a Aneel vai ceder.
Os pessimistas acham que o percentual a menos é quase nada. Os otimistas acham que 3,75 é pouco, mas que 7,5 (se chegar lá, porque isso só saberemos na semana que vem), será uma grande conquista, na medida em que é o percentual máximo que será cortado do aumento exagerado que avançou sobre o bolso dos rondonienses.
A BOMBA RELÓGIO DAS FOFOCAS
Fofocas, disse-que-me-disse, leva-e-traz: quando a prática envolve pesos pesados da política, o caso pode se tornar uma bomba relógio, prestes a explodir. Ainda bem que no final das contas houve bom senso, respeito mútuo e muita responsabilidade, senão as consequências poderiam ser mais sérias. Trata-se da confusão gerada por um comentário que teria sido feito pelo governador Marcos Rocha, numa conversa informal com o deputado Anderson do Sitetuperon, um adversário declarado, ainda mais num momento de confronto entre a categoria que o parlamentar representa e o Governo.
Rocha teria dito ao parlamentar que sabia haver um plano na Assembleia para cassá-lo em seis meses. Ao mesmo tempo, haveria um plano do governo de gravar todos os deputados, como o fez Ivo Cassol, há anos atrás. Mesmo a conversa sendo reservada (imagine-se se o governador divulgasse tudo o que conversa com os parlamentares?), Anderson denunciou o assunto em discurso no plenário.
O presidente Laerte Gomes, que mostrou bom senso e equilíbrio. Respondeu com dureza, mas ao mesmo tempo negando qualquer plano para cassar o Governador e afirmando que o caso de eventuais gravações seria de enorme gravidade. No final, o Governador e o Presidente da ALE tiveram uma longa conversa por telefone, em que tudo foi esclarecido e as coisas aparentemente voltaram à paz. Não se sabe até quando!
O FIM DE UM ABUSO DA SEDAM. E O IBAMA?
O Governo do Estado proibiu a Sedam, a partir de agora, a incendiar e destruir qualquer equipamento que seja apreendido em ações ilegais, dentro de áreas de proteção ambiental ou de conservação. O óbvio foi determinado pelo governador Marcos Rocha, cumprindo, aliás, uma promessa que fez na campanha. Todas as máquinas e equipamentos apreendidos em operações da Sedam, usados rotineiramente por madeireiros e toreiros, que invadem áreas de conservação para derrubadas clandestinas, serão obrigatoriamente doados ao DER. Desta maneira, reverte-se o método antigo com visão apenas repressiva”, explicou nesta quarta-feira (20) o coordenador de unidades de conservação da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Denison Trindade Silva.
As 40 unidades de conservação de Rondônia totalizam atualmente 2 milhões de hectares, correspondentes a 10% da extensão estadual, de 237,5 mil quilômetros quadrados. Como é uma decisão em nível estadual, não se sabe como agirão, a partir de agora, os fiscais do Ibama e os Policiais Federais, que adoram queimar equipamentos e máquinas e ainda fazerem fotos, para mostrarem o poder que têm, acima de qualquer outro! Com a nova política adotada pelo Ibama nacional, no governo Bolsonaro e o desaparelhamento de órgãos e instituições, espera-se que os absurdos da queima e destruição fiquem no passado.
MAIS UM DESEQUILIBRADO NO SENADO
Desequilibrado, irresponsável, um moleque com mandato popular, o radialista, jornalista e doente social Jorge Kajuru saiu de uma esplêndida votação em Goiás, seu Estado, para fazer vergonha no Senado. Ele já ofendeu, caluniou, jogou lama sobre uma dezena de personalidades. Perdeu inúmeras ações na Justiça, por sua língua solta e absolutamente fora dos parâmetros da civilidade.
Ignorante e prepotente, se acha o único honesto no país. Covarde, tentado esconder-se atrás do seu mandato, gravou um vídeo chamando o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal de canalha e, mais que isso, acusou-o de ter um patrimônio de 20 milhões de reais: “de onde você tirou esse patrimônio? Da Mega Sena? De herança de quem você tirou, Gilmar Mendes? Foram das sentenças que você vendeu, seu canalha!”. Usando a linguagem da latrina da internet e das redes sociais, onde sociopatas expõem suas taras, Kujuru se comportou como um meliante, ofendendo uma autoridade.
O que se espera é que ele prove o que disse, porque se não o fizer, que seja punido de acordo como são os criminosos que caluniam, inventam, vociferam, imaginando que ficarão impunes. E o povo brasileiro ainda elege um sujeito desse naipe! Certamente o eleito faz jus a quem votou nele!
HILDON MEXE NA EDUCAÇÃO
Tem olhos voltados para 2020, sem dúvida. Mas tem também preocupação com agilizar áreas em que caras novas podem ajudar a agilizar a administração. O prefeito Hildon Chaves continua mexendo no seu time, Nesta quarta, por exemplo, ele trocou o comandante numa setor vital: a educação. Saiu César Licório, que já fora secretário da Educação do Estado no governo Ivo Cassol e entrou em seu lugar o ex adjunto da Seduc no governo Confúcio Moura, Márcio Antônio Félix Ribeiro.
Ele já ocupou inúmeros cargos, além do segundo posto da Seduc rondoniense. Já foi, por exemplo, titular da secretaria estadual de Assistência Social; diretor do Detran e secretário adjunto de educação em Ji-Paraná e Ariquemes. Já o ex superintendente do Desenvolvimento do Estado e subchefe da Casa Civil de Confúcio, Basílio Leandro Oliveira, é o novo secretário geral de Governo de Hildon. Ele substitui Luiz Fernando Martins, deixa a Prefeitura para retornar à iniciativa privada. Virão outras mudanças ainda. Inclusive em postos chaves da administração. Em breve!
MOTÉIS DE ALTA ROTATIVIDADE
Há muito tempo alguns dos presídios de Rondônia se tornaram casas de passagem, quase motéis de alta rotatividade. Nos últimos dois anos, por exemplo, se o número de fugas não bateu recorde mundial, proporcionalmente ao número de presos, chegou muito perto. Há presídios, tanto na Capital como no interior, que mesmo ainda novos, há pouco construídos, já se tornaram motivo de piada, pela facilidade com que os detentos conseguem sair.
Piorou agora, com a greve dos agentes penitenciários, quando a PM, que está realizando o serviço de proteção nos presídios, só trabalha até o anoitecer. Ou seja, à noite, com meia dúzia de agentes trabalhando, virou a casa da Mãe Joana. Na madrugada desta quarta, mais uma vez uma fuga dessas, grandes, foi descoberta. No total, 14 presidiários conseguiram escapar por um túnel, feito dentro de uma das celas do Presídio de Cacoal e que, não se entende como, não foi descoberto, apesar do enorme tamanho, que permitiu a fuga de tanta gente. Horas depois de detectada a fuga, a polícia conseguiu prender novamente metade dos foragidos. Os outros, todos perigosos, desapareceram. Os que foram pegos de novo já estão planejamento a próxima saída. Moleza!
OUTRA DENÚNCIA CONTRA LULA
Não há coisa ruim que não possa piorar ainda mais. Pelo menos para o ex presidente Lula, que já cumpre prisão em duas condenações. Agora, ele foi novamente indiciado em inquérito da Polícia Federal, junto com seu filho Luís Cláudio. Ambos são suspeitos pelos crimes de lavagem de dinheiro e tráfico de influência, por pagamentos para a empresa de marketing esportivo Touchdown. A empresa passou a ser investigada pela PF em 2017, com as delações da Odebrecht na Lava Jato.
A investigação descobriu que, ao longo dos anos, a empresa do filho de Lula, quando ele era Presidente da República, recebeu mais de 10 milhões de reais de grandes patrocinadores, mas o capital social da empresa era de apenas 1 mil reais. A juíza Bárbara de Lima Issepi, da 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo, determinou que a investigação seja encaminhada para uma vara especializada em crimes financeiros. O caso agora está sendo analisado pela Força Tarefa da Lava Jato. Lá vem mais um daqueles rolos enormes, no Judiciário, para o ex-Presidente tentar explicar e provar sua inocência.
PERGUNTINHA
Se pudesse escolher, você preferia assistir a um encontro do Presidente Bolsonaro com Donald Trump ou, caso a história tivesse sido outra, a uma reunião entre o Presidente (?) Fernando Haddad com o ditador Nícolas Maduro?