A bovinocultura leiteira é uma das principais fontes de renda da agricultura familiar / Foto: Divulgação

Os investimentos no setor produtivo de Rondônia serão focados para a tecnologia, o apoio, financiamento e segurança jurídica para as cadeias produtivas prioritárias, como o café, leite, cacau, piscicultura, algodão, soja, pecuária de corte e agroindústria familiar.

Responsável pelo fomento de produção, a Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) elabora políticas públicas para as cadeias produtivas, como os Arranjos Produtivos Locais (APL), que são direcionados à Emater (Assistência Técnica e Extensão Rural) e Idaron (Agência de Defesa Agrosilvopastoril), base da Agricultura.

Para ampliar os programas da secretaria e dar continuidade ao trabalho que é realizado pelo Estado, como a facilitação do calcário ao pequeno produtor da agricultura familiar, onde em 2018 foram adquiridos e distribuídos 65 mil toneladas, para todos os municípios, o secretário titular, Evandro Padovani, afirma a potencialização do transporte do calcário para o produtor.

No programa de café, novas tecnologias estão sendo investidas para revitalização e maior qualidade do produto, como a compra de mudas produzidas em tubetes, plataforma suspensa sem contato com o solo, que garante 95% de não contaminação e evita prejuízos aos viveiristas.

Esse ano, o Estado sediará a terceira edição do maior concurso de café do Brasil, em Cacoal. Nas edições anteriores, Rondônia ficou entre os três primeiros lugares com o melhor café Conilon do país.

Segundo Padovani, no mês de abril, o governador deve lançar oficialmente o início da colheita em Rondônia, seguindo decreto que norteia o produtor sobre a melhor época, para evitar a queda de qualidade do café. O cacau é outro produto que deve ser revitalizado no Estado, se destacando assim como o café.

A secretaria fortalece o trabalho de desburocratização na agroindústria familiar e piscicultura. Com a agroindústria familiar, a desburocratização da certificação junto ao Idaron deve facilitar a vida do pequeno produtor.

O Estado conta com mais de 500 produtores e por meio de uma nova normatização, a Seagri reavaliará a lei do Prove (Programa de Verticalização da Pequena Produção Agropecuária). Na piscicultura, a facilitação será junto a Sedam, com o licenciamento das atividades.

Com R$ 38 milhões do Fundo Proleite, a prioridade é com a continuidade dos projetos, com foco na ampliação da média de produção, levando tecnologia de ponta ao produtor de leite.

“Hoje somos o primeiro maior produtor de leite da Região Norte, o oitavo do Brasil. Temos uma genética boa, mas nos importamos com a alimentação bovina, trabalhando a pastagem com o calcário, adubação, pasto rotacionado, higienização da ordenha”, explicou Padovani, sobre a produção que deve dobrar com o novo processamento em Rondônia.

A pecuária de corte, carro-chefe da produção, corresponde a 23% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Com a preocupação de atender aos protocolos internacionais que o mercado exige sobre a qualidade da carne, Rondônia se adéqua para a produção dos pecuaristas, em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Idaron e câmaras setoriais.

No ranking de exportação nacional e internacional, o Estado se destaca com a pecuária de corte, onde 80% da carne é consumida no Brasil e 20% exportado, como o 6° maior rebanho do país e 4° maior exportador, atendendo a mais de 40 países e buscando a participação do mercado europeu.

“Trabalho de formiguinha que tem que se fazer desde a base, de quem produz e ao mesmo tempo, abrir o mercado”, disse o secretário, que acrescentou a influente exportação também de soja, floresta plantada, milho e café.

A soja é outro segmento de destaque, com 270 mil hectares de área, e influencia na renovação das áreas degradas pela pastagem, recuperando o solo. Também de grande importância para a utilização da proteína animal, assim como o milho, como ração de bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, piscicultura, suinocultura e avicultura.

“Produtos que temos que ter em produção em grande escala, para um custo menor, porque refletem na base alimentar de outras cadeias produtivas”, explicou o secretário, acrescentando também o crescimento deste produto, que está atraindo para o Estado uma empresa de grande porte esmagadora de soja, que deve gerar empregos, agregar valor aos produtos e permitir a exportação do produto industrializado e não in-natura, como é atualmente. Rondônia conta apenas uma esmagadora de médio porte em Cacoal, que não permite o refinamento do óleo de soja.

O algodão transgênico, também faz parte da cadeia produtiva, onde em Vilhena já são mais de três mil hectares de produção, com processamento. Antigamente, o caroço do algodão, utilizado para ração bovina, era importado de outro Estado, agora Rondônia gera economia, com a exportação da pluma de algodão de excelente qualidade.

Para a nova gestão, a prioridade também deve estar alinhada ao núcleo de estatísticas, que está sendo criado para facilitar a captação de informações, a partir das fontes seguras, permitindo o conhecimento do setor produtivo, com maior celeridade e fidedgnidade.

sicoob

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