Foto: Ilustração

“Pedimos que o Estado de Rondônia tome providências. Os trabalhadores em educação estão sendo tomados pelo medo e sofrendo com tanta impunidade. A sociedade não está vendo nenhuma providência para cessar essa situação”, O depoimento, assustado, é da presidente do Sintero, o sindicato estadual dos professores, Lionilda Simão.

Ela fez o desabafo, nesta final de semana, depois de uma sucessão de casos de professores ameaçados e até agredidos em escolas tanto do Estado quanto municipais. Os casos mais graves, ocorreram em Porto Velho, mas há um novo, registrado, em Itapuã do Oeste (a 100 quilômetros da Capital), que deixou a todas as autoridades do setor de cabelos em pé. Uma criança , daquelas má educadas, certamente criadas sem uma formação correta foi tirada da sala de aula por uma professora, por estar atrapalhando seus colegas. Quando chegou em casa, o menino disse aos pais (mentiu, é claro!) que foi agredido pela professora. Pai e mãe foram à escola e a mãe, incentivada pelo pai, agrediu a professora com socos e puxões de cabelo. A mestra, de uma escola de educação infantil, está desesperada e traumatizada. Não quer voltar a lecionar. Se não fosse conhecida e respeitada, a professora agredida ainda teria que prestar contas à lei, porque perante ela, a mentira de uma criança de sete anos vale mais do que o juramento da mestra de que sequer encostou no aluno.

Esse é apenas mais um caso. Na Escola Rio Branco, dias atrás, um marginal travestido de aluno, que já foi expulso de outra escola por pequenos delitos e por andar drogado, teve o apoio dos seus pais para ameaçar o diretor da escola e a professora que teve coragem de confrontá-lo. Na Escola Ulysses Guimarães, um aluno colocou fogo numa cadeira, sob aplausos dos seus colegas, que até fizeram um vídeo para comemorar. O deputado Pastor Alex, que esteve na escola, ouviu o desespero dos mestres e de vizinhos, já que o educandário está cercado pela marginalidade e pelas drogas.

Os dados são de 2015, mas servem como ilustração sobre a gravidade do problema. O Sindicato dos Professores de São Paulo, o maior do país, apontou que 44 por cento dos mestres sofreram algum tipo de agressão. Mais de quatro em cada dez. Em 52 por cento dos casos detectados, as agressões foram físicas. De lá para cá a situação só piorou. Só em São Paulo, em 2018, o número de ataques aos docentes cresceu quase 190 por cento sobre o ano anterior.

O crime na volta das escolas; a falta de educação dos pais aos seus filhos, ficando ao lado deles, contra os professores, mesmo quando os alunos são notórios marginais, envolvidos com o mundo das drogas; a falta de segurança nas escolas, entre outras questões, precisam ser tratadas com dureza e rapidez. Senão, o Sintero, por exemplo, vai deixar de lutar por melhores salários e condições de trabalho dos seus associados para viver, somente, lutando pela vida deles. Inacreditável que tenhamos chegado a esse ponto!

ÔNIBUS: OUTRO ENGODO CONTRA A POPULAÇÃO

Era deficiente. Tinha problemas. Muita gente reclamava. Havia superlotação. Mas com todos os defeitos, o sistema de transporte coletivo funcionava. E funcionava mesmo depois que as antigas empresas ficaram cinco anos sem reajuste nas tarifas, além de terem que “abraçar” um alto percentual de passagens grátis, por conta da irresponsabilidade da Câmara de Vereadores e a própria Prefeitura, que autorizavam meias tarifas e tarifa zero para vários grupos de passageiros. Veio então o governo Mauro Nazif, com a promessa se revolucionar o sistema e torná-lo exemplo para o País.

Ah, como toda a população sabe de cor e salteado, foi mais um engodo! Aliás, com apoio de vários estágios da Justiça, que deu ganho de causa sempre para a Prefeitura, contra os interesses das empresas da época. Elas sempre foram tratadas como vilãs, e a Prefeitura, com seu novo Prefeito, o guardião de todas as boas soluções para atender os anseios da população neste setor, como a dona de todas as verdades. O novo sistema, em pouquíssimo tempo, conseguiu se tornar muito pior do que era antes, quando era o outro consórcio, que dominou o transporte na Capital durante longos anos. Muito pior. Mesmo com a correção dos preços da tarifas, nenhuma promessa foi cumprida. Agora, no governo Hildon Chaves, que herdou essa aberração inventada por Mauro Nazif, a pústula rompeu. E tende a ficar cada vez pior. Pobre porto velhense, que mais uma vez foi enganado, caindo no conto de que mudar de consórcio, revolveria todos os seus problemas.

COMEÇOU A TROCA DE FARPAS…

O ex governador Daniel Pereira não gostou nada do que disse o governador Marcos Rocha durante entrevista aos Dinossauros do Rádio, na Parecis FM, no programa Papo de Redação (Segunda a Sexta, meio dia às 14h), nessa semana que terminou. Ao falar sobre a situação dos cofres públicos, Rocha comentou que terá que fazer um remanejamento orçamentário, com apoio da Assembleia, porque encontrou um déficit de perto de 400 milhões de reais, ao assumir o comando do Estado.

Daniel alfineta o seu sucessor, numa longa nota, dizendo que quando o orçamento estava em discussão na Assembleia, já eleito, o atual Governador “nunca demonstrou o menor interesse sobre o assunto”, ou seja, não teria analisado ou mandado analisar a situação orçamentária, para ter uma visão clara dela.  Daniel aliás, chamou de “estranho desinteresse”, o fato de Rocha e sua equipe não terem feito uma análise da situação e proposto mudanças quando o projeto ainda estava sendo discutido no parlamento. O ex governador continuou fazendo críticas ao novo Governo, ao ponto de lembrar que o atual secretariado só foi nomeado em 4 de janeiro, quando, segundo a nota dele, o Estado teria ficado acéfalo por três dias.

Lembrou também que vários assessores dele, Daniel, continuam no atual governo e que, portanto, não se pode dizer que houve alguma surpresa sobre qualquer questão. Segundo Daniel Pereira, ele deixou 866 milhões de reais nos cofres públicos que, na opinião dele, se bem geridos, poderiam ser usados em beneficio da população. Ou seja, a troca de chumbo começou…

ENFIM, O ESTACIONAMENTO PAGO!

Até que enfim! Finalmente! Alvíssaras (alguém ainda sabe o que é Alvíssaras, nesse Brasil onde o palavreado é cada vez pior e mais restrito?)! A Prefeitura encaminhou, com pelo menos seis anos de atraso – quatro da administração de Mauro Nazif e dois de Hildon Chaves – projeto de lei criando o estacionamento pago na área central da cidade.

Hoje, conseguir uma vaga nas imediações a área comercial da Sete de Setembro e ruas próximas é mais ou menos como ganhar na loteria. Motoristas ocupam as vagas o dia inteiro. Há donos de lojas, certamente os mais prejudicados, que colocam suas enormes camionetas na porta do seu endereço, impedindo o acesso dos clientes. Se eles fazem isso, imagina-se os que não são comerciantes? Ou seja, a Zona Azul precisa ser implantada de imediato, até para, também acabar com os flanelinhas, não todos, mas principalmente alguns drogados que infernizam a vida dos motoristas. Setores do comércio (liderados pela Fecomércio, presidida pelo atuante  Ranyeri Coelho) e da CDL, sob o comando de Joana Joanora, estão comemorando a chegada do projeto à Câmara.

O novo sistema, as áreas e o tempo do estacionamento serão definidos com regras que serão debatidas e aprovadas pelos vereadores. Uma das novidades é que o motorista terá o comprovante de pagamento e poderá pagar por meio eletrônico, o que, sem dúvida, irá facilitar bastante sua utilização. Porto Velho é a única capital do país que não tem estacionamento pago em áreas nobres, como o centro comercial.

SIGILO POLICIAL: DEPENDE DO ACUSADO

O aparelhamento político do Estado é perigoso. E pode ser criminoso também. Nessa semana, uma prova concreta disso.  A Receita Federal descobriu que dois servidores, certamente por interesses político-partidários, colocaram suas carreiras no lixo, ao vazar informações fiscais do presidente Jair Bolsonaro, com a clara intenção de colocá-lo como vilão ante a opinião pública.

Se fossem políticos envolvidos em malfeitos, os dois criminosos já estariam presos, em operação cinematográfica, com direito a presença maciça das emissoras de TV e estariam sendo condenados pela opinião pública antes mesmo de qualquer acusação formal. Todos já vimos esse filme. Mas como são servidores e cidadãos protegidos pela Constituição (Ué, ela não deveria valer para todos?), seus nomes estão sendo mantidos em total sigilo. E ai de quem divulgar alguma imagem deles. Logo que detectou a safadeza interna, a direção da Receita Federal (que, aliás, começa a ser desaparelhada), chamou a Polícia Federal, para investigar o caso e punir os responsáveis.

Toda a investigação será feita em sigilo, como manda a lei. Que vale para a grande maioria dos brasileiros, mas não vale para políticos e nem gestores públicos. Esses continuarão sendo expostos à execração geral.

BR 319: ELES GANHAM DE 10 X 0

A interpretação foi muito mais festiva do que realista. Frase do vice-presidente, o General Mourão, de que a BR 319, entre Porto Velho e Manaus, “será asfaltada, sim!”, foi interpretada pelos grandes otimistas como uma decisão já tomada no governo Jair Bolsonaro. Devagar com o andor. É verdade que, desde que assumiu, o novo estilo e a nova ideologia que governam o País têm tentado mudar muitas coisas, algumas já putrefatas; algumas cheirando mal e outras caminhando para essa vala comum da desesperança. Conseguiu algumas, mesmo sob forte oposição da grande mídia, que prefere ainda aplaudir a corrupção e os criminosos que se encastelaram no poder durante década e meia.

Houve avanços sim, mas não nas questões ambientais. Aí o buraco é mais embaixo, porque as pressões – nacionais e internacionais – são tão intensas (muitas vezes burras, apenas ideológicas e sem nexo; outras canalhas, pelos interesses que essa gente defende), que o Governo brasileiro não têm força para suplantá-las. Portanto, a frase “será asfaltada, sim!”, dita pelo General Mourão, ao menos por enquanto, não passa de um desejo, apenas.  Por enquanto, na questão da BR 319, o placar está  “Interesses Escusos e Idiotizados pela Ideologia 10 X 0 Reais Interesses do Brasil”!

O CORRUPTO ESTÁ LIMPANDO O RIO

Não está ficando pedra sobre pedra. Desde 1980 a corrupção é generalizada no Rio de Janeiro. Ex governadores, deputados, membros do Tribunal de Contas e do próprio Tribunal de Justiça; ex prefeitos e o atual prefeito; secretários, assessores de primeiro, segundo e terceiro escalões, empresários de todos os tamanhos, TODOS, de uma forma ou outra, estiveram ou estão envolvidos em falcatruas, negociatas e sacanagens contra o dinheiro público.

Uma sucessão de quadrilheiros assumiu o Poder na maior e mais linda cidade brasileira, para transformá-la num arremedo em termos de administrações e governo, abandonando a população à própria sorte; fazendo políticos milionários e deixando o povo cada vez pior. Alguma exceção? Pode até ser que tenha, mas os depoimentos dados ao juiz Bretas, que já o condenou a mais de 200 anos de prisão, o ex governador Sérgio Cabral, decifra a Pirâmide: a miséria e a pobreza de muitos é resultado da roubalheira de outros tantos.

Sérgio Cabral pode até estar exagerando, tentando diminuir sua pena bicentenária. Talvez consiga. Mas em praticamente todos os depoimentos, ele dá detalhes, horários, números, nomes, circunstâncias. E diz, com todas as letras, que muito do que acontecia nos governos, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura e em vários órgãos públicos do Rio de Janeiro, é semelhante ao que, nas suas palavras, “acontecia e acontece em vários Estados brasileiros”.

Se ele está falando a verdade? Só o futuro dirá. Mas que o ex governador, dando uma de corrupto arrependido, pode arrastar dezenas, senão  centenas de políticos e outras autoridades para a prisão, junto com ele, pode sim! A limpeza do Rio, por estranho que possa soar, passa pelas mãos sujas  do Rei da Corrupção. Sérgio Cabral vai falar muito mais…

PERGUNTINHAS

Escolha o ano. Quando você acredita que as obras de asfaltamento da BR 319, entre Porto Velho e Manaus, estarão concluídas: 2025, 2035, 2045, 2055 ou 2065? Ou você acha que isso nunca vai acontecer?

sicoob

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