Os servidores municipais de saúde pública anunciam um protesto pacífico para quinta-feira, 25, tendo como início do Hospital Regional com destino ao gabinete do prefeito Eduardo Japonês (PV), em Vilhena.
O objetivo da manifestação é –além de várias reivindicações da categoria – discordar da tentativa de aprovação de projeto de lei que aumentava a carga horária dos servidores, sem nenhum tipo de reajuste.
O projeto chegou a ser protocolado na Câmara Municipal para ser lido na última sessão ordinária, mas acabou sendo retirado de pauta pelo próprio secretário municipal de saúde (Semus), Afonso Emerick.
Ouvido pelo Extra de Rondônia, o enfermeiro Caio Mendes confirmou o protesto, que terá início às 08h e explicou a situação.
“Nós estamos há mais de 10 anos sem nenhum real de reajuste. Há defasagem salarial do grupo de enfermagem e dos servidores da saúde e outros como o pessoal de cozinha e de limpeza. Ele (Emerick) usou a justifica de que tinha errado, que foi um mal-entendido (leia AQUI), e que queria ampliar o número de plantões extras de 12 ½ para 14. A pergunta que fiz para o próprio Eduardo e os vereadores é de que porque o secretário paga até 15 plantões extras e queria ampliar só para 14? É uma coisa incoerente. Não tá falando a verdade. Tem servidores que fazem até 25 plantões eventuais”, esclarece.
Para Caio, que foi o único a se manifestar durante a sessão plenária, o titular da Semus agiu de má fé. “Emerick tentou fazer na calada da noite e iludir os vereadores. Nenhum vereador, em sã consciência, iria votar num projeto desse. Da maneira que foi escrita, é totalmente de má fé”, reclamou.
SERVIDORES SEM REPRESENTAÇÃO
Caio garante que foi à sessão legislativa, onde seria votado o projeto, motivado por servidores devido à inércia de entidades que representam a categoria.
“Fui na sessão porque um vereador me falou. Os servidores me ligam e procuram como se eu tivesse poder de resolver alguma coisa. Na sessão da Câmara, o sindicato está lá e o Conselho Municipal de Saúde, mas todos caladinhos. Ninguém se manifestou. Por isso fui lá, alguém tem que tomar atitude. Eu sempre ficou pensando no pessoal de limpeza, lavanderia, técnicos de enfermagem. Todos nós sofrendo caladinhos, sem poder de voz”, encerrou.
