Numa sala de aula, a discussão nada tinha a ver com política. A aula era sobre um tema totalmente diferente. Os alunos esperavam discutir e aprender sobre o que estava no currículo escolar.
Mas não a professora. Ela entrou por outra seara, totalmente fora do contexto. Começou dizendo que o Brasil está numa situação terrível, com o fascismo tomando conta do país. Depois, disse que não se pode entender um país “onde um inocente como o ex Presidente Lula” pode estar preso, “sem nenhuma prova”. Insinuou que os trabalhadores brasileiros não têm assistência social e médica correta por culpa do governo Bolsonaro.
Foi uma aberração atrás da outra, durante quase uma hora. Paga para dar aula, a professora rondoniense fez o que muitos dos seus colegas o fazem, nas escolas daqui e de todos os recantos do Brasil. O aparelhamento da educação continua muito forte, mesmo com as reações que, aqui e ali, já se observa. Mas há ainda um grande número deles que não ensina o currículo escolar: leciona suas crenças pessoais, suas ideologias políticas. Os estudantes, em sua grande maioria, não contestam.
E ai de quem contestar. Dias atrás, uma aluna chegou a perguntar se os 14 milhões de desempregados que existem no país, crescendo ano ano, era culpa do governo Bolsonaro, que começou há menos de seis meses. Foi fuzilada com o olhar furioso de outra professora, que respondeu: ”pra discutir um assunto desses comigo, você vai ter que ler e aprender ainda durante muitos anos”. Não está na hora da Seduc acompanhar mais de perto o que está sendo ensinado nas nossas escolas?
É impressionante como os grupos derrotados na última eleição não aceitam o resultado das urnas, quando mais de 50 milhões de brasileiros disseram, nelas, que não queriam mais a turma do assalto aos cofres públicos; da pura demagogia; do quanto pior melhor; do esforço desumano para tentar jogar brasileiros contra brasileiros.
Eles ficaram longos anos no poder, primeiro nos governos de cima do muro dos tucanos; depois dos petistas e sua turma e transformaram nosso país no que é hoje: problemático, com economia periclitante; com mais de 14 milhões de desempregados; com os maiores impostos do mundo, para sustentar governos paternalistas, com obesidade mórbida e amantes do dinheiro dos outros.
Nada que o atual governo tente fazer para consertar todo esse estrago, serve para eles. São cada vez menos, mas ainda têm o aparelhamento das instituições (é fácil saber quais são e como elas funcionam), como um trunfo para tentar manter o País sob seu tacão. Será que conseguirão? Ou o povo que decidiu tirá-los de vez de dentro dos cofres superlotados de dinheiro público, que eles se especializaram a assaltar, vão permitir que isso aconteça? Nosso futuro está em jogo. Nós é quem decidiremos se queremos essa praga de volta ou se vamos em frente, num país moderno e eficaz…
AFINAL, QUEM ESTÁ MENTINDO?
Aliás, o movimento pró universidades e escolas federais, que foi realizado ontem em algumas partes do país, incluindo Porto Velho, |(aliás, na maioria dos casos, muito menor do que se esperava!), teve pouco a ver com a luta por uma educação melhor e muito a ver com os petistas, seus aliados e suas ideologias.
Cartazes com o famigerado Lula Livre, um acinte, uma ofensa à Justiça brasileira, pululavam nas mãos de “estudantes” orientados pela CUT e outros organismos que, imaginava-se, já estavam sepultados, sob o nojo da sociedade brasileira. Mesmo que o governo Bolsonaro, via MEC, negue peremptoriamente que irá cortar 30 por cento das verbas das faculdades e escolas federais, mas que apenas vai contingenciar 3,5 por cento (ou seja, quase 10 vezes menos do que o número espalhado), ainda assim o movimento político foi realizado, para tentar esculhambar ainda mais o Brasil já esculhambado.
Ficou muito clara a intenção do quanto pior melhor. Será que a CUT, o PT e outras entidades politico/partidárias e sociais se juntaram a um movimento baseado em dados falsos e em mentiras? Ora, se o governo e o MEC estão mentindo, na maior cara de pau, só isso já não bastaria para desacreditar os projetos governistas para a educação e derrubar Bolsonaro? Mas, se estão falando a verdade, as manifestações não se baseiam na falsidade e na mentira? Que país, enfim, estamos vivendo, onde há uma enorme torcida para que tudo dê errado e que sejamos destruídos, todos? Uma triste e lamentável vergonha, a que somos expostos.
MENOS FRONTEIRA, MAIS PRODUÇÃO
O presidente da Assembleia, Laerte Gomes, trouxe o assunto para o debate. Certamente ele terá apoio de todas as autoridades rondonienses, porque nos diz respeito diretamente e pode ajudar em muito no desenvolvimento do nosso Estado . Projeto do deputado Carlos Bezerra, do MDB do Mato Grosso, propõe reduzir a faixa de fronteira de 150 para 50 quilômetros, ou seja, para um terço do que é hoje.
Hoje, com a atual extensão, só o Governo federal pode regularizar áreas e propor qualquer alternativa de desenvolvimento para essa enorme faixa. Caso haja a mudança, o Estado de Rondônia poderá, aí sim, regularizar a situação de uma enorme área onde, atualmente, só a União tem ascendência. “Caso o projeto seja transformado em lei, teremos condições de reivindicar essas áreas, para que nós mesmos possam nos encarregar de regularizar tudo”, propôs o parlamentar.
Laerte destacou que as áreas de fronteira têm um potencial de produção agrícola muito grande, mas estão intocadas, em função da regulamentação atual”. Ele está pedindo apoio da bancada federal de Rondônia, para que entre com seu apoio à essa iniciativa do deputado mato grossense. “É uma questão prioritária também para nosso Estado”, informou Laerte.
CÂMARA DA CAPITAL: TEM PAZ E TEM O MP
Foram dias tensos nos bastidores da Câmara Municipal de Porto Velho. Houve sim gritos e sussurros, nos bastidores. E a coisa ficou complicada em alguns momentos. Conversa daqui, acerta dali, recua acolá, avanços onde possível e, no final das contas, todos se acertaram. O presidente Edwilson Negreiros, negou qualquer problema interno no poder, mas a verdade é que houve sim até bate bocas, com vozes alteradas .
O vice presidente, Júnior Cavalcante, participou do início das conversações e acabou ajudando a contornar a crise. Junior, aliás, teve participação destacada na decisão de aprovar projeto para redução da quantidade de cargos comissionados e sobre a diminuição nos valores disponibilizados aos vereadores, para custear suas atividades. Segundo Junior – e a mesma linha de informação foi dada pelo presidente Negreiros – o valor economizado apenas com essas medidas pode superar 2 milhões de reais ao ano.
Aparentemente, o clima de ebulição e de confrontos que começava a surgir dentro da Câmara, está, ao menos por enquanto, esvaziado. O que não está é a ação do Ministério Público, que vem atuando dentro do legislativo municipal. Várias informações estão sendo colhidas e, segundo um bem informado servidor da Casa, o MP já teria elementos para fazer denúncias contra um ou outro edil. Por enquanto, sobre isso, não há mais detalhes.
O TEATRO FECHADO. DE NOVO!
Mais de 20 anos de espera, enquanto as obras não eram concluídas. Pouco mais de três anos depois de entregue, o Teatro Palácio das Artes está novamente fechado. Parece piada de mau gosto, mas infelizmente não é. Não existem ainda informações oficiais sobre o problema. Sabe-se, contudo, que ele não tem nada a ver com a construção e com a qualidade da obra, entregue dentro de todas as exigências, pela empresa responsável.
A deficiência agora seria com os equipamentos internos, que nos bastidores se chama de “maquinário”, que estaria com defeito. Um deles é aquele mesmo que caiu recentemente, uma espécie de trilho, usado para abrir e fechar as cortinas do palco. Em agosto do ano passado, a um dia da estreia do musical Mamonas Assassinas, caiu do teto um equipamento pesado, chamado de Fixador, feito para segurar os demais equipamentos de montagem do cenário e abertura de cortinas.
Felizmente ninguém se feriu, mas o problema levou meses para ser consertado. Uma perícia no local deixou claro que o equipamento foi manipulado de forma errada. Nada tinha a ver com a estrutura do prédio. Agora, produtores de shows e peças teatrais foram comunicados que o Teatro não abrirá até o final deste ano. Não há explicações claras, embora as informações de bastidores falem que a questão se relacionada mesmo com os equipamentos. O sistema de ar condicionado do teatro também está devendo. A Funcer, responsável pelo Teatro, não deu qualquer informação sobre o problema, ao menos até essa quarta-feira.
O SILÊNCIO CERCADO DE MEDO
Não há explicação plausível. Aliás, não há qualquer explicação. Fosse em alguma outra região do país, onde perto de 100 presos tivessem fugido dos presídios, em tão pouco tempo, certamente já se teria chamado o Ministério Público, as Forças Armadas, a Guarda Nacional, para tentarem acabar com essa vergonhosa falha no nosso sistema prisional.
Mas, aqui em Rondônia, parece que é a coisa mais normal bandido preso sair das cadeias, tranquilamente. Uns usam cordas para passar pelos muros. Outros serram as grades das celas, com a maior facilidade. Há os que saem durante o dia. Há os que esperam a noite. Desde o final de março, pelo menos uma centena de condenados saiu dos presídios. Um percentual ínfimo foi capturado. Sabe-se do número de fugas pelos registros que são feitos em cada uma delas. Não se sabe mais nada.
Ninguém até agora explicou à população porque é tão fácil escapar de nossas cadeias. Onde está a falha? Há gente facilitando fugas? Se há, quem são? Estão processados? Há alguém condenado? Há alguém preso? Tantas fugas em tão pouco tempo, seriam possíveis sem algum tipo de ajuda? É um tema complexo e um grande perigo a que a comunidade fica exposta, sem que ela seja informada sobre o que realmente está acontecendo. Há um enorme e estrondoso silêncio no entorno dessa centena de fugas. Afinal de contas, quem deve ser cobrado e por que não há nenhuma resposta para tantas perguntas?
PERGUNTINHA
Você diria que o filho do Presidente Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, é doido varrido ou apenas idiota, por tantas besteiras que anda dizendo quase todos os dias?