Prefeito acompanhou procedimento / Foto: Divulgação

Em 27 de julho de 2018, a assessoria de imprensa da prefeitura de Vilhena divulgou um release com o seguinte título: “Primeiras cirurgias por vídeo do SUS no Cone Sul são feitas em Vilhena”.

O material jornalístico, que está publicado no site oficial da prefeitura (leia AQUI), abordou o que chamou de “importante avanço para a saúde municipal”.

O procedimento de retirada da vesícula biliar, através de cirurgia por vídeo, ocorreu em 26 de julho no Hospital Regional (HR), com a participação dos médicos Carlos Mamed e Cezar Roeder.

O prefeito Eduardo Japonês (PV) acompanhou o procedimento de perto e parabenizou os profissionais. No release, o mandatário garantia que “a partir de agora o SUS na cidade oferecerá colecistectomia por laparoscopia, ou seja, a retirada da vesícula biliar através de cirurgia por vídeo”.

E completou dizendo que “agora, com essa cirurgia sendo feita de graça para a população aqui, muitas pessoas carentes poderão ser beneficiadas também”.

Contudo, dias depois, a máquina foi retirada do HR sem nenhuma explicação à comunidade, fato que é constantemente questionado nas redes sociais.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que o atual secretário municipal de saúde, Afonso Emerick, preferiu não comentar o assunto, alegando que o caso aconteceu na época do ex-secretário Luiz Carlos Hassegawa.

Contudo, a reportagem do Extra de Rondônia ouviu o médico Carlos Mamede, que participou diretamente da primeira cirurgia por vídeo e esclareceu a situação. Admitiu que, ao lado do seu colega Cezar Roeder, realizou as cirurgias, mas que em decorrência de questões burocráticas, a máquina, que pertence a eles, foi retirada da unidade de saúde.

Máquina foi retirada do HR sem nenhuma explicação à comunidade / Foto: Divulgação

Salientou, porém, que as autoridades municipais têm interesse em que o aparelho volte a funcionar no HR.

“Realmente a máquina é nossa; colocamos lá no hospital e fizemos (as cirurgias) sem cobrar nada, tudo de graça. O prefeito e o secretário têm interesse que o aparelho volte a funcionar lá no hospital. Ele pediu um pouco de paciência devido a questões burocráticas. Mas que a máquina vai voltar a funcionar lá, vai. E a comunidade será presentada, já que hoje estão se operando vesícula ‘à céu aberto’. Estamos esperando o desenrolar da parte burocrática. Fazer uma cirurgia fora do hospital é caro e as pessoas não têm condições. Além disso, o mais interessante é que num dia você opera uma vesícula e no dia seguinte você está de alta”, esclareceu o profissional de saúde.

Questionado a respeito dos números de cirurgias feitas com a máquina e qual seria o valor para que a mesma fique à disposição do HR, o profissional de saúde não respondeu.

O site deixa espaço à disposição para eventuais esclarecimentos de autoridades municipais.

sicoob

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