Na manhã desta quinta-feira 13, a equipe de reportagem do Extra de Rondônia entrevistou a diretora da regional Cone Sul do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sintero), Osnier Gomes Pereira Machado, 50 anos, para falar sobre a paralisação nacional que ocorrerá na sexta-feira.
De acordo com a representante, a greve nacional é uma agenda das centrais dos sindicatos, e busca reivindicar e paralisar a reforma da previdência, pois ao seu ver não existe nada de positivo aos trabalhadores nas 60 páginas da PEC.
“Nós não achamos justo a classe trabalhadora pagar por qualquer crise no país. É importante que nossos gestores políticos construam e achem outro caminho, sem prejudicar essa base social e penalizá-los”, explica Machado.
A diretora ressalta que as manifestações em relação à reforma vem ocorrendo desde a era Temer, inclusive em 2017 foram aceitas algumas das reivindicações.
“Agora com o novo governo está ainda pior às mudanças da PEC, e o objetivo é também barrá-la e fazê-los repensar. Imagina você ter que trabalhar 40 anos para aposentar com um teto de 100%. E existe toda uma armadilha, na questão das capitalizações, sabemos de outros países que tem este tipo de politica e não é benéfica para nenhum trabalhador, especialmente para mulher”, destacou ela.
Machado pontuou ainda que a manifestação em Vilhena acontecerá a partir das 08h na sede do Sintero e contará com outros sindicatos da região. A representante lembra que a ação é aberta a todos, com realização de carreatas pelas ruas da cidade e participação de caravanas de outros municípios do Cone Sul. “Os profissionais que não vierem ficarão panfletando pela cidade. Vale lembrar que nem todas as escolas irão parar”.
A diretora finaliza enfatizando que as manifestações estão surtindo efeito, com sinalizações positivas para classe como diminuição da idade para aposentadoria, da capitalização e uma maior preocupação das bancadas politicas.