As exportações dos cafés do Brasil, no período de janeiro a maio de 2019, atingiram volume físico equivalente a 16,86 milhões de sacas de 60kg, das quais 14,20 milhões de sacas foram de café arábica, que equivalem a 84% do total exportado, 1,15 milhão de sacas de café robusta (6,8%), 1,50 milhão de sacas de café solúvel (8,8%) e 5,53 mil sacas de café torrado e moído (0,4%).
A receita cambial obtida foi de US$ 2,14 bilhões e o preço médio da saca vendida ao exterior US$ 127,09.
Nesse mesmo período de 2018, foram exportadas 12,04 milhões de sacas de 60kg, sendo 10,43 milhões de sacas de café arábica, volume equivalente a 86,6% do que foi vendido ao exterior, 221,96 mil sacas de café robusta, o que corresponde a 2,12% dos embarques, 1,38 milhão de sacas de solúvel (11,4%) e 6,83 mil sacas de café torrado e moído, ou seja, 0,56% do total exportado em 2018.
Com relação à receita cambial nesse ano foram arrecadados US$ 1,90 bilhão e o correspondente ao preço médio da saca foi de US$ 157,86.
Como se pode depreender desses dados das exportações dos Cafés do Brasil, ora em tela, se for estabelecido um comparativo dos cinco primeiros meses de 2018 com 2019, verifica-se que a despeito de ter ocorrido um crescimento expressivo de 40% no volume exportado, o qual passou de 12,04 milhões de sacas para 16,86 milhões de sacas, a receita cambial aumentou apenas 12,7% – de US$ 1,90 bilhão para US$ 2,14 bilhões – e em contrapartida, o preço médio da saca reduziu 19,5%, ao cair de US$ 157,86 em 2018 para US$ 127,09 em 2019.
Os dados e números que permitem realizar estas análises, entre várias outras, da performance da cafeicultura em nível mundial, foram obtidos do relatório mensal maio 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Para o Conselho, conforme consta do Relatório do mês de maio, as exportações de café, apenas no período analisado – de janeiro a maio – foram as melhores em termos de volume físico dos últimos cinco anos, a despeito de a receita cambial de 2019 em relação a 2018 ter crescido apenas 12,7%.
E, mais que isso, nos últimos 12 meses, de junho de 2018 a maio de 2019, o Brasil exportou 40,5 milhões de sacas de café, número que representa um novo recorde histórico em termos de volume físico na comparação com anos anteriores.
Conforme ainda o relatório mensal maio 2019 , do Cecafé, com relação às exportações de café no ano-safra 2018-2019, que compreende no caso, o período de julho de 2018 a maio de 2019, o Brasil exportou 37,9 milhões de sacas, volume que representa aumento de 35,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, ocasião em que o país exportou 27,9 milhões de sacas de 60kg.
Entretanto, esse resultado apurado até maio de 2019 – penúltimo mês do ano, safra em curso – supera o recorde registrado no ano-safra 2014-2015, período no qual as exportações dos Cafés do Brasil somaram o equivalente a 36,6 milhões de sacas de 60kg.
Por fim, vale destacar, conforme consta do Relatório do Cecafe, que as exportações dos cafés diferenciados, apenas nos cinco primeiros meses de 2019, somaram 3,3 milhões de sacas, volume que corresponde a 19,5% do total exportado, e a receita cambial gerada foi de US$ 523 milhões.
Os principais destinos desses cafés foram: EUA que importaram 755 mil sacas (23,1%), Japão com 449 mil sacas (13,7%), Alemanha 433 mil sacas (13,2%), Itália 299 mil sacas (9,1%), Bélgica 284 mil sacas (8,7%), Canadá 133 mil sacas (4,1%), Reino Unido 95 mil sacas (2,9%), Suécia 85 mil sacas (2,6%), Holanda 64 mil sacas (2%) e Espanha 61 mil sacas (1,9%). Cafés diferenciados são os cafés que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis.