Produtores de tomate, cebola e cenoura podem garantir renda positiva em 2019, conforme a equipe Hortifruti do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) constatou.
Pesquisadores da Hortifruti Brasil indicam que um dos motivos para o bom cenário de preços neste ano é a menor área cultivada, o que, por sua vez, se deve à baixa rentabilidade em alguns momentos da última safra. O clima em 2019 também não tem sido favorável à produtividade, limitando a oferta de hortaliças e, consequentemente, sustentando as cotações.
Conforme levantamento da equipe Hortifruti/Cepea em importantes regiões produtoras de tomates de mesa e industrial, de cenoura e cebola, o aumento do custo em 2019 está relacionado, especialmente, aos maiores gastos com fertilizantes e defensivos.
E os preços destes insumos subiram devido à forte valorização do dólar neste ano. Além disso, o aumento no valor do frete, após a greve dos caminhoneiros em maio de 2018, também influenciou os custos em 2019.
O tomate industrial é o único segmento dos avaliados neste Especial Hortaliças que a previsão não é positiva. Os estoques elevados das indústrias de atomatados nos últimos dois anos têm reduzido a área de plantio e pressionado os valores pagos ao produtor.
DIVERSIFICAÇÃO
Como forma de driblar anos de margens estreitas, alguns produtores, sobretudo os de pequena escala e/ou os que já têm perfil multiculturas, estão diversificando suas atividades agrícolas para tentar diluir os custos. A diversificação permite que agricultores tenham mais de uma safra no ano e, consequentemente, reduzam o risco ao produzir apenas uma cultura.