Evento ocorreu em Cujubim / Foto: Divulgação

Agricultores familiares e extensionistas participaram do curso e do dia de campo sobre  cultura do abacaxi em Rondônia.

Foram dois dias de atividades que ofereceram, aos mais de 100 participantes, conhecimentos para a adoção de práticas de cultivo que elevem o padrão tecnológico da produção de abacaxi no Estado.

Como destaque, foram apresentadas tecnologias como inibidores de florescimento, escalonamento da produção e mecanização na produção de abacaxi. Chamaram a atenção também dos produtores, informações sobre o controle de pragas e doenças e a indução floral.

As ações aconteceram nos dias 13 e 14 de junho, no Projeto de Assentamento Américo Ventura, em Cujubim. O município possui a maior área de produção de abacaxi do Estado e este assentamento é o mais importante polo produtor da fruta, além de estar próximo – cerca de 150 quilômetros – do principal mercado consumidor do estado, que é Porto Velho, e relativamente perto de outros potencialmente consumidores, como Ariquemes, Jaru, Ouro Preto e Ji-Paraná.

Segundo o analista da Embrapa Rondônia, Francisco de Assis Correa, no curso foram apresentadas informações tecnológicas para a redução de perdas, sincronização da produção, elevação da produtividade e melhoria da qualidade dos frutos.

“Como resultado do incremento de tecnologias e aumento da produção e produtividade, é possível a melhoria da renda dos produtores familiares com o cultivo do abacaxi e consequente melhoria da qualidade de vida”, destaca Francisco.

A programação teve início com o curso de atualização tecnológica na produção do abacaxi, que contou com 45 produtores e extensionistas. No dia seguinte, foi realizado dia de campo sobre a cultura, com a demonstração de práticas para a produção do abacaxi, reunindo cerca de 70 pessoas na propriedade de Adenilson Ferreira, em Cujubim.

As atividades foram conduzidas pelo pesquisador da Embrapa Acre, Romeu de Carvalho Andrade e pelo engenheiro agrônomo James Maciel de Araújo. Para a gerente local da Emater, Ivanilda Coimbra, a troca de experiências entre os profissionais e os agricultores durante o evento foi muito rica. “Foi um incentivo a mais para que o produtor possa aplicar os conhecimentos adquiridos no dia a dia no campo”.

Estas atividades de cultura do abacaxi em Rondônia fazem parte do projeto Tecnologias sustentáveis para o fortalecimento da fruticultura na Amazônia (TECFRUT). É uma iniciativa do Projeto Integrado da Amazônia (PIAmz), financiado pelo Fundo Amazônia e operacionalizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As ações estão sendo desenvolvidas nos Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Roraima.

QUANTITATIVO

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2017), o Brasil produz, aproximadamente, 1,5 bilhão de abacaxis por ano. É o segundo maior produtor mundial, ficando atrás apenas da Tailândia.

No País, as principais variedades comerciais cultivadas são: a pérola ou branco de pernambuco, smooth cayenne e jupi. O Nordeste é a maior região produtora, o que representa 39,6% do total, seguida da região Sudeste, com 27,4%, e da região Norte com 25% da produção nacional.

O maior produtor na região Norte é o Pará, com 217,8 milhões de frutos e Rondônia é o quarto maior produtor da região, com 16,9 milhões de frutos, e com fortes perspectivas de crescimento.

O estado se destaca na produtividade do abacaxi, são 23.940 frutos/ha. É a mais elevada produtividade da região Norte, superando grandes estados produtores como o Pará, o Amazonas e Tocantins.

sicoob

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