É uma história tão incrível, tão estranha, que merece ser contada, pelo inusitado de tudo o que aconteceu. Ela é cheia de nuances, mas envolve amor aos animais, cuidados, investimentos e, no final, uma surpresa inesperada.
Dava uma novela, com enredo e eventos surpreendentes. Vale a pena ser relatada. Gretchen (olha só o nome, surgido não se sabe ainda como e quando!) Era uma onça que foi descoberta na floresta, perto de Porto Velho, quando começaram as obras da Hidrelétrica de Santo Antônio. Com menos de um ano, ela teria pouca chance de sobreviver na natureza, porque tinha apenas três patas. Perdera uma das patas em circunstâncias que não se conhece.
Foi salva pela equipe especializada da Santo Antônio e levada para o CETAS, um centro de proteção à vida animal, com veterinários competentes, localizado numa área localizada dentro do campus da Unir. Toda a estrutura de proteção e manutenção dos bichos salvos, sempre foi bancada pelos programas de compensação da hidrelétrica. Ali a onça Gretchen viveu pelo menos quatro anos, talvez um pouco mais, sempre com tratamento VIP.
Adulta, surgiu a oportunidade de ser transferida para um centro maior, em Goiás. A Santo Antônio construiu um novo local para o animal viver, pagou dois anos adiantados de alimentação e custos dos cuidados e, obviamente, bancou todo o cuidadoso sistema de transporte da Gretchen para seu novo viveiro, localizado a milhares de quilômetros de Porto Velho.
Os primeiros tempos de convivência de Gretchen, entre outros animais foram positivos. Apareceu inclusive uma onça macho, colocado perto da área em que ela estava, que começou a apresentar sinais de que estava interessado na sua vizinha de três patas. Os experientes veterinários chegaram à conclusão de que Gretchen, mesmo com sua deficiência, estava pronta para acasalar.
Os sinais do macho em relação a ela eram correspondidos. Tudo levava a crer que haveria um final feliz e, quem sabe, poderiam surgir novas oncinhas, mesmo em cativeiro. Não havia qualquer dúvida de que todos os sinais de acasalamento estavam presentes na relação dos dois novos vizinhos. O problema é que nem sempre dois mais dois são quatro, no mundo animal. Ao ser colocada junto com seu futuro nubente, em poucos minutos Gretchen foi morta pelo enorme macho. Ele não queria ninguém para disputar território.
Rosnava para ela não para acasalar, mas para avisar que ali ele era o dono. A pobre Gretchen, tão bem cuidada durante anos pela Santo Antônio e pela Unir, que viajou para tão longe para casar, foi assassinada pelo futuro marido, no acasalamento. Por que contar essa história? Ora, porque a leitura dela nos tira um pouco das mesmices do dia a dia. E nos leva para a analogia dos humanos. Nem sempre os acenos de amizade ou até de relacionamentos amorosos, são verdadeiros. Há os que iludem, enganam e também matam suas mulheres. Não é assim?
MEIO BILHÃO DE REAIS NA ECONOMIA
O governo de Rondônia está pagando, outra vez, o salário rigorosamente dentro do mês. E já no início de julho, paga ao funcionalismo a primeira parcela do 13º salário. No final de julho, ou seja, em 30 dias, paga novamente, dessa vez o salário do sétimo mês trabalhado. Mais de 500 milhões de reais serão injetados na economia do Estado, nesse curto espaço de tempo.
Desde Ivo Cassol, o governo do Estado jamais atrasou o pagamento dos seus servidores. Confúcio Moura teve também dois mandatos e nunca deixou de pagar todos os salários e 13 º igualmente com rigorismo. Daniel Pereira, em seu curto governo, manteve tudo no mesmo sistema. Marcos Rocha segue no mesmo ritmo e fez mais: já no início da sua administração, divulgou um calendário de pagamentos dentro do mês até dezembro e dando as datas em que as duas parcelas do 13º serão depositadas nas contas dos seus trabalhadores.
A primeira será em meados de julho. Enfim, mesmo com todas as crises, com todas as dificuldades, o governo de Rondônia tem se tornado um exemplo para o país. É um dos poucos Estados que paga rigorosamente em dia, ao contrário da maioria das outras unidades da Federação, que ou quebraram ou estão quebrando. Aqui, a história tem sido diferente. Para muito melhor.
O CELULAR E O TRÂNSITO
Os números finais de Rondônia ficaram semelhantes a maioria do país, onde, estudo do Ministério da Saúde, aponta que uma média de 19,5 por cento dos motoristas já foram, notificados por uso do celular enquanto dirigem. Estamos acima de Manaus, a capital onde se registrou o menor número de multas por uso do telefone ao volante. Os manauaras representaram 18 por cento na pesquisa.
Estamos um pouco abaixo de Belém e de Rio Branco, no Acre, (com 24 por cento de multas) e bem próximo a Palmas e Macapá, na faixa dos 22 por cento. O que surpreenderam foram os números relacionados com multas por alta velocidade. Imaginava-se que o motorista rondoniense estivesse entre os que mais correm nas ruas, estradas estaduais e rodovias federais, no país. Nada disso. A média nacional de notificações pelas polícias é de 11,5 por cento. Esse percentual, em Rondônia, ficou na faixa de apenas 7,1 por cento, igual a Campo Grande, por exemplo.
Também nesse quesito, Manaus lidera em nível nacional. Menos de 1 por cento dos seus motoristas foram multados, nos últimos tempos, por desrespeitar as regras de velocidade. Não está na hora de aprendermos com Manaus? O que fazem que nós não fazemos, para eles terem um trânsito tão melhor?
CRISTIANE, O DEM E A PREFEITURA
Os políticos adoram fazer…política! É que fazem todos os dias, da última eleição até a próxima, todos os dias. Muitos não param de tratar de política nem durante o descanso e, os mais exagerados, sonham com ela, enquanto dormem. É comum se ver, aqui e ali, pequenos grupos dos que têm mandato, dos que já tiveram e os que querem um dia ter, conversando sobre a situação do país, do seu estado, da sua cidade, mas sempre de olho em acordos futuros e disputas eleitorais.
Os exemplos são imensos. Um deles ocorreu essa semana, num conhecido restaurante da Capital. Na mesa, entre outras pessoas, o senador Marcos Rogério, que sonha em ser Governador de Rondônia um dia e a jovem vereadora Cristiane Lopes, que não fala claramente, mas gostaria muito de sentar, num futuro nem tão distante, na cadeira que é hoje de Hildon Chaves.
Marcos Rogério é o principal líder do DEM no Estado. Cristiane é do PP. Ela recebeu convite formal de trocar de partido e aliar-se a Marcos Rogério. Cristiane disse que está pensando no assunto. Não deu o sim, ainda, mas também não disse não. Se aceitar, vislumbra-se que Cristiane poderá ser o nome do dos Democratas para concorrer à Prefeitura em 2020. Tem cacife eleitoral para sonhar com isso…
AINDA UM MUNDO MASCULINO
O nome de Cristiane surge como mais um, numa relação que parece não ter fim, dos pretendentes a participar e ganhar a eleição inicial em Porto Velho, no ano que vem. A fila começa pelo atual prefeito, Hildon Chaves, que só não será candidato à reeleição se não quiser. Seus aliados acham que ele concluirá seu primeiro mandato com uma grande aceitação do eleitorado, para um segundo tempo na administração municipal.
Não é o que pensam Léo Moraes, Vinicius Miguel, Daniel Pereira, Pimenta de Rondônia, Hermínio Coelho, Aluízio Vidal, Fabrício Jurado, Eyder Brasil, Maurício Carvalho, Mauro Nazif, Elis Regina. Até agora, só duas mulheres têm aparecido na relação dos que poderão lançar suas candidaturas em meados do ano que vem: a própria Cristiane e Elis Regina, ambas vereadoras. Os partidos ainda são dominados por homens, em sua grande maioria e ainda as mulheres só são atraídas por causa da grana do fundo partidário, que obriga que 30 por cento das candidaturas sejam femininas, destinando a elas bastante dinheiro. Há cerca de um ano do início da campanha, novos nomes vão acabar entrando nessa corrida, ao menos na condição de pré-candidatos. Espera-se que surjam outras candidatas nessa relação.
DOS CONFRONTOS AO CLIMA CORDIAL
Se alguém falasse, lá por meados de março ou abril que as relações entre o Governo e a Assembleia seriam muito boas, poderia ser taxado de exagerado otimista, quase perto do lunático. O clima, naquele período – principalmente nos primeiros dois meses e meio da nova Legislatura – foi, ao contrário, muito perto do rompimento. Aos poucos o Governo foi compreendendo que precisava ampliar o diálogo com os deputados e eles entenderam que precisavam dar um pouco mais de tempo a uma estrutura nova, completamente diferente de tudo o que a política rondoniense já tina apresentado, em toda a sua história.
O clima foi desanuviando. Ao ponto do governador Marcos Rocha fazer questão de estar acompanhado de deputados, sejam ou não aliados, em vários eventos. Houve uma grande aproximação, principalmente com o presidente Laerte Gomes, que se mostrou aberto ao diálogo e à prioridade total aos interesses maiores do Estado. Nessa semana, para atestar essa história, Laerte foi convidado especial do casal Marcos e Luana Rocha, ele Governador, ela primeira dama e secretária de Ação Social, numa visita feita à região fronteiriça de Costa Marques, onde um grande incêndio destruiu dezenas de comércios em palafitas, deixando muitas famílias bolivianas desabrigadas, todas recebendo de imediato a solidariedade do Estado e da Assembleia. A proximidade entre o Palácio Rio Madeira/CPA e a Casa do Legislativa é notória. Os dois lados estão se dando muito melhor do que se poderia esperar.
O CRÍTICO VIROU PARCEIRO
O deputado Jair Montes, que chegou a ser o mais duro crítico do Governo, em seu início, também mudou de opinião. Não foi da noite para o dia, mas aconteceu depois de muitas demonstrações do Governo, segundo ele, de boa vontade e humildade. Jair destacou a ação do secretário da Casa Civil, Júnior Gonçalves, para a melhoria do clima entre os Poderes.
Sem o tradicional toma lá-dá-cá, que caracterizou durante muito tempo as relações políticas, o clima foi melhorando com uma sucessão de medidas tomadas, a partir de decisão de Marcos Rocha, para uma aproximação firme e respeitosa com o Parlamento. Jair diz que há muito ainda a corrigir e acha que o governo tem muitos novatos, que ainda precisam de experiência. Mas destacou que há boa vontade de ambos os lados.
Para quem acha que é só conversa, que acompanhe a sexta-feira. Jair Montes é um dos convidados especiais do Governador, viajando com ele e comitiva, em solenidades de entrega de máquinas e equipamentos que acontecerá em Guajará Mirim. Nesse momento, quem falar em conflito de poderes em Rondônia precisa ser levado, de imediato, a um psiquiatra.
DONA ÂNGELA E O PRÊMIO A PORTO VELHO
É impressionante como líderes mundiais, principalmente de países onde o meio ambiente foi destruído e dezenas de tipos de animais nativos foram praticamente dizimados, adoram dar pitaco ao Brasil, sobre como devemos gerir nossa Amazônia e nosso ecossistema. Os dois lados da moeda (ou seja, o lado ruim e o lado bom) foram mostrados de novo, nessa semana. O ruim: o presidente Jair Bolsonaro teve que dar um chega-pra-lá público na alemã Angela Merkel, que disse que queria ter uma conversa com o Presidente brasileiro sobre como o Brasil não está cuidando do seu ambiente.
Informado certamente por entidades aparelhadas e sem ter o cuidado de pelo menos saber a realidade do nosso país, dona Angela falou besteira e ouviu o contraditório, já que Bolsonaro não é daquele tipo de governante que aceita a imposição de ONGs e interesses estrangeiros na região, como os petistas amavam fazer, desde que fossem “amigos dos amigos”. Aliás, no período petista a Amazônia teve a maior invasão estrangeira, com cerca de 100 mil ONGs atuando na região (segundo o Google) e, 90 por cento delas de outros países.
O lado positivo foi o que aconteceu com Porto Velho. A Capital rondoniense ganhou um prêmio internacional, concedido por um tal Instituto Smart City Business America, porque vai realizar, daqui a um ano, um grande evento para discutir a Amazônia. Eles sempre estão de olho nas nossas riquezas e no nosso futuro. Obviamente não por nossos olhos bonitos ou por nossa superinteligência. Claro que querem o que é nosso e não deles. Vade retro, malandros!
ALGUÉM AINDA ACREDITA?
O Ibope continua mostrando pesquisas que, cada vez mais têm menos credibilidade. Errou em todas, praticamente, durante as últimas disputas eleitorais e ficou. ”torcendo” contra o vencedor da disputa presidencial, Jair Bolsonaro, o colocando sempre com grandes chances de derrota. No final, começou a tentar corrigir seus números tortuosos, para não ficar sob a suspeita do país de que estaria manipulando resultados. Agora, o instituto, parceiro da Globo, volta a mostrar Bolsonaro sempre em queda.
A cada pesquisa, mais o Presidente parece cair de prestígio perante a população, informa o Ibope. É impressionante que a pesquisa do Ibope está muito distante do que se ouve em grupos, nas ruas, nas conversas de botecos, nos restaurantes, nas caminhadas pelas cidades brasileiras. Com pouco mais de seis meses de governo, tanto a grande mídia (Globo, Folha de São Paulo, Uol) quanto o Ibope e suas pesquisas, querem nos empurrar goela abaixo que a maioria dos brasileiros se arrependeu de eleger Bolsonaro.
É sub-reptícia a tentativa de dizer, nas entrelinhas, que seria muito melhor que Lula estivesse solto e Fernando Haddad fosse o Presidente. Até porque, se isso tivesse ocorrido, as boquinhas continuariam as mesmas e não seriam cortadas, como o foram. Vamos ver até quando sobrevive esse instituto, cujas pesquisas parecem cada vez mais distantes da verdade.
PERGUNTINHA
Você prefere que o sistema de abastecimento de energia na sua casa continue como é hoje, através de monopólio de uma só empresa ou prefere um mercado com muitos concorrentes, dando muitas opções de preços?