Na sessão ordinária realizada pelo Poder Legislativo na noite desta terça-feira, 9, em Vilhena, dois requerimentos de autoria do vereador Samir Ali (PSDB) foram aprovados por unanimidade em plenário.
O primeiro, de número 025/2019, requer ao prefeito Eduardo Japonês (PV) e ao secretário municipal Afonso Emerick, que informem a quantidade de atendimentos realizados com o mamógrafo, no período que esteve em funcionamento, e o motivo do não funcionamento do aparelho que atende o Centro de Referência da Saúde da Mulher e da Criança (Cresamic), localizado ao lado do Hospital Regional (HR) de Vilhena.
Já o segundo, de número 026/2019, requer ao mandatário que encaminhe relação de todos os aparelhos e equipamentos de saúde disponíveis no almoxarifado do Município e informe a data de entrada de cada um.
Durante a discussão das matérias, Samir teve o apoio de seus colegas da Casa de Leis, até dos considerados da base aliada do prefeito. O caso do mamógrafo tomou conta do plenário através de diversas manifestações.
Iniciando o discurso, Samir Ali defendeu suas proposituras. Sobre o mamógrafo, ele disse que o aparelho está há mais de cinco anos no local, e que, quando esteve em funcionamento, não chegou a fazer 40 exames. Considerou um absurdo e alertou para o aparelho não virar sucata.
“Na verdade, o mamógrafo não é um problema dessa administração. Mas, é sim, um problema que persiste nessa gestão. Inclusive, um tempo atrás, fizemos vídeos e matérias anunciando que voltaria a funcionar, e a informação que eu tenho é que esse mamógrafo não chegou a fazer 40 exames e parou de funcionar. Peço a todos os colegas para lutar por esta situação. Temos esse aparelho há mais de 5 anos na cidade. É absurdo, e sabem porquê? Porque vai virar sucata dentro do Hospital Regional, não vai ter serventia para nada e ninguém foi capaz de botar para funcionar. Estamos falando de trazer outros aparelhos, mas não estamos conseguindo nem colocar a funcionar o que nós já temos? Depois que funcionar, aí sim podemos buscar outras alternativas. Não dá mais para esperar. Não pode chegar o mês de outubro e se deparar, mais uma vez, que as mulheres de Vilhena não tenham a possibilidade de fazer uma mamografia no ‘outubro rosa’. Mais absurdo ainda é um governo do Estado marcar um exame e uma vilhenenses ter que deslocar até Porto Velho”, disse o parlamentar.
O pensamento de Samir foi compartilhado por seus colegas. O vereador Rafael Maziero (PSDB) disse que o funcionamento do mamógrafo se consolidou como uma briga de todos os vereadores. “É realmente um absurdo e esperamos que o mais rápido se resolva esse problema. Tem meu voto para aprovação desse requerimento”, afirmou.
Já o vereador Carlos Suchi (Podemos), não poupou críticas ao mandatário municipal e reiterou que a gestão de Eduardo Japonês é incompetente. “Isso eu repito: a gestão atual se resume em falar mal de vereador. E eu bato na tecla: essa gestão é incompetente. No passado, o prefeito falou que a prefeitura tinha dinheiro, mas não tinha gestão. Essa frase está batendo na cabeça dele, porque hoje está na mesma situação: tem recurso, mas não tem gestão. Isso é um absurdo; quer dizer que o gestor não está pensando na comunidade”, avaliou.
A vereadora Leninha do Povo (PTB) disse apenas que “essa situação é um problema sério e o secretário tem que vir explicar os motivos do não funcionamento”.
Por sua vez, Adilson de Oliveira (PSDB) disse que a situação do mamógrafo passou por várias gestões, inclusive a dele, quando foi “prefeito-tampão” por 60 dias. “Não colocamos em funcionamento porque o prazo foi muito curto, mas tem, sim, que ser colocado em funcionamento. Vemos que hoje só faz quem tem condições de pagar um particular”, ponderou.
França Silva (PV) concordou com os pronunciamentos, mas informou que, após conversar com o secretário Emerick, ele garantiu que o problema de tudo isto é a empresa que “enrola”.
O Extra de Rondônia enviou mensagem ao secretário, mas ele não respondeu aos questionamentos dos parlamentares.