As aplicações dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) na safra 2018/2019 atingiram recorde histórico com repasse de R$ 3,5 bilhões nas linhas de financiamento de custeio, estocagem, Financiamento para Aquisição do Café (FAC), capital de giro para indústrias de solúvel e de torrefação e para cooperativas de produção.
O volume representa 84% do total de R$ 4,2 bilhões ofertados nos agentes financeiros no período de 1º de julho de 2018 a 30 de junho deste ano. Na safra passada (2017/2018), a contratação foi de R$ 2,6 bilhões.
Os recursos foram repassados por 37 agentes financeiros espalhados pelo Brasil, sendo 25 bancos (R$ 2,8 bilhões), dois bancos cooperativos (Bancoob e Sicredi – R$ 195,5 milhões) e dez cooperativas de crédito (R$ 517 milhões).
Entre os Estados, Minas Gerais e São Paulo se destacam nas aplicações, com quase 50% e 35%, respectivamente, conforme relatório divulgado na sexta-feira 12, pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa).
Os repasses realizados ultrapassaram 5 mil operações de crédito, sendo 4,6 mil contratadas com produtores, 127 com indústrias de solúvel, de torrefação e beneficiadores de café, além de 227 com cooperativas de produção e 37 com empresas exportadoras.
Nesta safra, o Funcafé disponibilizou aos agentes financeiros para operações de custeio R$ 903,5 milhões, para aquisição de café (FAC) R$ 897,4 milhões, para estocagem R$ 1,65 bilhão e, para capital de giro às indústrias de solúvel, torrefação e cooperativas R$ 769,9 milhões.
“O resultado foi importante no atendimento às necessidades de crédito do produtor e de toda a cadeia do café, ressalta o diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”, Silvio Farnese.
Para a safra 2019/2020, estão sendo contratadas 35 instituições financeiras a operarem orçamento de R$ 5,071 bilhões.