Núbio Lopes de Oliveira, titular da delegacia de homicídios de Vilhena, falou ao Extra de Rondônia sobre dois casos que estavam sendo investigados como tentativa homicídio, mas no decorrer das investigações chegou à conclusão que não se enquadravam com tal qualificação, e sim como lesão corporal.
De acordo com o delegado, o primeiro caso esclarecido aconteceu na Avenida 1711, no bairro Jardim Primavera, no dia 12 de janeiro de 2019 – tendo como vítima Adriana Correia Andrade.
Na ocasião, numa residência próxima à casa de Adriana diversas pessoas passaram o dia festando ouvindo músicas em volume alto. Com isso, Adriana por volta das 19h38, foi pedir para diminuírem o volume. Porém, houve um desentendimento entre as partes e Sidnéia dos Santos, pegou uma faca e golpeou Adriana. Contudo, a vítima foi socorrida ao hospital e o laudo médico apontou que houve apenas lesões leves.
Segundo Lopes, por haver lesões leves e a suspeita ter desistido de concluir a ação e ainda providenciar socorro, significou que a autora não tinha intenção conclusiva de cometer o crime. Por isso, o inquérito foi encerrado como lesão corporal leve.
Neste caso, a vítima tinha seis meses para representar criminalmente a autora pelo crime de lesão corporal. Todavia, Adriana achou por bem não o fazer.
O outro caso, é semelhante. No dia 20 de janeiro de 2019, Elison Jacó dos Santos Piske, estava numa casa noturna, na Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, com amigos, quando por volta das 06h36, saiu da casa em companhia de uma amiga que estava começando um caso com um colega dele.
Porém, o ex-namorado da amiga, Isaias Tiago Barbosa, que estava do lado de fora, viu quando saíram juntos e com ciúmes deu uma gravata por trás em Elison, que sacou de um canivete e desferiu alguns golpes em Isaias, que caiu ensanguentado. Em seguida a vítima foi socorrida ao hospital. O caso foi registrado como tentativa de homicídio.
Entretanto, no decorrer das investigações, o laudo médico mostrou que Isaias sofreu ferimentos superficiais.
Núbio explica que Elison não tinha intenção de matar Isaias e sim se livrar da pessoa que o estava segurando pelo pescoço. Tendo em vista que teria providenciado socorro e custeado os as despesas de recuperação da vítima.
Este caso também foi registrado como homicídio tentado, mas como no decorrer da apuração dos fatos, o delegado concluiu que não houve tentativa de homicídio e sim lesão corporal leve. Isaias também tinha seis meses para representar criminalmente Elison, mas não o fez.
O delegado esclarece que muitos casos são registrados com uma certa tipificação, mas no decorrer das investigações podem haver elementos suficientes para mudar o rumo do inquérito, concluiu.