Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

O grande sucesso do Arraial Flor do Maracujá, que levou grande público ao Parque dos Tanques, motivou o governo rondoniense a repensar sobre a situação da feira agropecuária de Porto Velho, a Expovel, que durou vários anos e que sempre teve resultados altamente positivos.

Hoje existem 27 feiras agropecuárias no Estado. As maiores são as de Ariquemes e Ji-Paraná, mas praticamente todas sempre recebem pequenas multidões e, mais que isso, sintetizam a grandeza da sua produção e do agronegócio de todas as regiões do Estado. A feira da Capital teve seu ponto alto durante a administração de Ivo Cassol, quando realizou algumas das edições de maior sucesso de sua história.

Verdadeiras multidões se concentravam no Parque dos Tanques, para conhecer empresas que expunham seus produtos; para assistir grandes rodeios, inclusive de cunho internacional, além de shows com os maiores artistas do país. A partir do início do governo de Confúcio Moura, com a mudança do grupo político no poder, o grupo que comandava a feira e era ligado a Cassol, não conseguiu mais tocar a feira em frente.

A última edição aconteceu em 2011, portanto há oito anos. Depois, houve tentativa de se realizar uma feira apenas de negócios, mas, duas edições depois, ela parou também. A maior cidade do Estado, com uma alta concentração da produção rural rondoniense, está fora do circuito das feiras por longo tempo.

O secretário Jobson Bandeira, que tem dado uma nova dinâmica à Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, cutucou com vara curta o governador Marcos Rocha, instando seu chefe a apoiar a intenção de retomada dos grandes eventos culturais e econômicos do Estado.

Jobson concluiu que, depois do sucesso do Arraial, o primeiro no atual governo, que recebeu milhares de pessoas nas dez noites de sua realização, há que se pensar na volta de pelo menos dois acontecimentos. Um em Porto Velho (a Expovel, não se sabe se com o mesmo nome) e, o outro, o Duelo da Fronteira, em Guajará Mirim, uma rica e espetacular “guerra” cultural entre os bois bumbás da cidade, o Azul e o Vermelho.

Com relação ao retorno da Expovel, que poderá ocorrer no ano que vem, as primeiras conversas já estão andando. Marcos Rocha vai se reunir com Jobson e com o titular da Agricultura, Evandro Padovani, um dos seus assessores mais atuantes, para discutir a possibilidade de que a grande feira do Parque dos Tanques retorne já em 2020. Não há ainda mais detalhes, porque os estudos ainda são embrionários.

Com relação ao Duelo da Fronteira, o próprio Jobson deve tratar do tema, encontrando-se com representantes de Guajará Mirim, em breve. Finalmente uma boa notícia para a Capital. Está na horta mesmo de Porto Velho mostrar a grandeza do seu agronegócio. Que os projetos andem!

ATÉ TU, POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL?

Primeiro: como um prédio que vai abrigar a nova sede da Polícia Rodoviária Federal pode ser suspeita de superfaturamento de mais de 60 por cento do valor original previsto, que, aliás (22 milhões de reais), já é abusivo? Como uma obra dessas pode demorar tantos anos, parada e cercada pelo matagal, quando deveria ser um exemplo de probidade e respeito para com o dinheiro público? Será que algum dia esse país não terá mais tantos corruptos para sustentar e verá suas obras projetadas, pagas com o dinheiro dos nossos impostos e do nosso suor, serem feitas sem qualquer ilegalidade? Muitas perguntas, mas respostas vãs.

É quase inacreditável que a construção da sede da PRF, uma das nossas mais respeitadas instituições, esteja sob suspeita, incluindo uma operação da Polícia Federal (não a Rodoviária, claro!), levantando um exagero de cerca de 14 milhões e 500 mil reais a mais, no custo final da construção. Uma pena que, por causa de alguns poucos corruptos, uma instituição séria como a PRF seja colocada sob suspeita. Vergonha!

REPÚDIO À ENERGISA E À ANEEL

O jovem deputado Ismael Crispim, um dos nomes que está se destacando em seu primeiro mandato, na atual legislatura, voltou a bater forte na Energisa, a empresa que comprou a Ceron, quando a estatal foi privatizada. Nessa semana, ele conseguiu aprovar, durante sessão ordinária na Assembleia, um Voto de Repúdio contra a empresa e à Aneel, “pela forma desrespeitosa e arbitrária com que tratam a população do Estado e pela redução de apenas 7,43 por cento de desconto na conta de energia em Rondônia”.

O deputado disse ainda que a empresa é um dos principais grupos privados do setor elétrico do Brasil; o quinto maior em distribuição de energia do país, atuando em 862 municípios brasileiros e atende mais de 7 milhões e 700 mil clientes, levando energia para mais de 20 milhões de pessoas. “Mesmo assim, com toda essa grandeza, reafirmou, a Energisa ainda não aprendeu a fazer a lição de casa, que é a eficiência no atendimento e no respeito aos consumidores”. As críticas, obviamente se estendem contra o aumento abusivo das contas de luz no Estado, praticado pela empresa e com apoio total da Aneel. A Energisa, aliás, será pauta muito seguidamente na Assembleia, nesse segundo semestre.

ASSASSINOS SOLTOS PARA FESTEJAR

Algumas leis brasileiras, verdadeiras bofetadas na cara das pessoas de bem, precisam ser revistas imediatamente, por imorais que são. Entre todas, provavelmente as que mais envergonham qualquer brasileiro decente, é a que permite que assassinos saiam para comemorar datas festivas. Incluindo os filhos que assassinaram os pais como é o caso de Suzane Von Richthofen, que sai da cadeia, há anos, para “comemorar” o Dia das Mães e do matador da própria filhinha, Alexandre Nardoni, que agora está sendo beneficiado para comemorar o Dia dos Pais.

Comemorar o que, exatamente? Um pai condenado porque, junto com a madrasta, jogou uma criancinha indefesa pela janela de um prédio, vai se auto homenagear por ser um papai exemplar? É isso mesmo que queremos, em ternos de verdadeira Justiça, para o nosso País? É esse exemplo que estamos dando às novas gerações? Pior de tudo é que ainda, dentro dos próprios operadores do Direito, há ainda quem defenda essas aberrações. Certamente, como o Brasil, ao menos teoricamente, começa a caminhar na direção de ser um país decente, essas vergonhosas proteções aos criminosos serão extirpadas da nossa legislação. Que o sejam o mais rápido possível!

UM SUCESSO DE PÚBLICO E DE MÍDIA

O Festival do Tambaqui em Brasília foi um retumbante sucesso. Primeiro, num jantar com o presidente Jair Bolsonaro com autoridades rondonienses, à frente o governador Marcos Rocha, onde todos os pratos giravam em torno do peixe mais famoso da Amazônia.

Bolsonaro não cansou de elogiar a qualidade do Tambaqui rondoniense, num jantar que teve também participação de embaixadores de vários países. No dia seguinte, na Esplanada dos Ministérios, milhares de pessoas participaram do festival, quando seis toneladas de peixe, mais ou menos quatro mil bandas, foram doadas gratuitamente para divulgar nosso produto. Foi um sucesso de mídia, um sucesso de público e de relações públicas.

Aliás, Rondônia nunca teve tanto espaço junto ao governo federal, em todos os níveis, como está tendo agora. Quando o Governador do Estado disse que sua amizade pessoal com Bolsonaro ajudaria muito o Estado, estava falando sério. Os resultados já estão sendo sentidos. Até nosso Tambaqui se tornou destaque nessa nova relação, que pode nos trazer muito mais benefícios.

USTRA E LULA: PÉSSIMOS EXEMPLOS

Os dois lados estão errados. Está errado o presidente Bolsonaro quando chama um coronel torturador, Brilhante Ustra, como herói nacional. Estão erradas todas as autoridades, de todos os níveis, de todos os palanques, que reverenciam o ex presidente Lula como um herói. Ustra cometeu abusos e a história está aí para contar. Lula chefiou a maior quadrilha de roubo ao dinheiro público da história do Brasil. Qual dos dois é pior? Ambos estão no mesmo nível, é claro.

“Ele foi um herói nacional que evitou que o Brasil caísse naquilo que a esquerda hoje em dia quer”, afirmou o Presidente. “Lula é injustiçado e está preso ilegalmente”, alardeiam seus defensores, mesmo ante todas as provas de que ele é um grande ladrão e quase destruiu o Brasil, segundo denúncias de antigos companheiros, dele e de ex ministros, por exemplo. Ao invés de defender quem foi e é péssimo exemplo à Nação, não está na hora de chamar de heróis aqueles que verdadeiramente fizeram algo pela Pátria, para melhorar a vida dos brasileiros e fazer nosso país avançar? Claro que sim. Dar exemplos de criminosos é péssimo, sob todos os aspectos.

HOSPITAL: PRESENTE DA COMUNIDADE

Não dá uma inveja danada? A comunidade da Jaru, um pequeno, mas próspero município da região central do Estado, vai inaugurar um hospital novinho em   folha, recém reconstruído, nesta próxima segunda-feira. Ele terá 4 mil metros quadrados e poderá atender até 350 pessoas/dia.

São 89 leitos, três centros cirúrgicos e modernos equipamentos. O custo total da obra: 4 milhões e 600 mil reais. Nem um só tostão dos cofres públicos. Todo o dinheiro foi arrecadado através de ações comunitárias e solidárias, através de recursos obtidos por uma entidade especialmente criada para a arrecadação de fundos: A Associação dos Amigos de Jaru, presidida pelo empresário João Gonçalves, dono de frigoríficos e da maior rede de supermercados que atendem a população de Rondônia, com filiais em várias cidades, incluindo três grandes lojas na Capital e um centro comercial, que será inaugurado em breve.

Pai do prefeito João Gonçalves Jr., considerado um dos melhores do país, o empresário coordenou a campanha que, em pouco mais de meio ano, arrecadou todo o dinheiro para a realização da obra, essencialmente bancada pela população.

PERGUNTINHA

O que você acha da decisão do STF, que impediu mudanças na legislação, que facilitaria a apreensão de menores de idade envolvidos em crimes, alegando que a flexibilização na lei que protege menores – incluindo os bandidos –  “agravaria os prejuízos sociais a crianças e adolescentes em condição de rua”?

 

sicoob

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