No dia 21 de agosto, o 4°Batalhão de Polícia Militar (BPM) celebrou o primeiro ano de atuação da “Patrulha Maria da Penha” em Cacoal.
Pautada nos princípios de polícia comunitária, trata-se de um programa da Polícia Militar que se vale de uma estratégia de prevenção à violência doméstica e familiar contra a mulher.
Mais que uma ronda policial, a “Patrulha Maria da Penha” é um verdadeiro acompanhamento das vítimas de violência, seja por visitas preventivas periódicas, fiscalização de medidas protetivas, atendimento assistencial qualificado e pacificação de conflitos.
Celebrando este primeiro ano de atuação em Cacoal, parte da equipe ministrou na tarde de quarta-feira 21, uma palestra aos acadêmicos de Direito e Psicologia da Unesc.
Na ocasião, a capitã PM Psicóloga Josélia, a sargento PM Lorenzon e a cabo PM Andreia abordaram os tipos de violência contra mulheres: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial, além do ciclo da violência doméstica, sinais de um relacionamento abusivo e em especial a Rede de Atendimento à Vítima de Violência Doméstica em Cacoal “Mulheres de Fibra”.
O projeto desenvolvido pelo 4°BPM tem como objetivo principal atender todas as vítimas que possuem medidas protetivas de urgência. Essas mulheres são atendidas pela “Patrulha Maria da Penha”, tanto no campo jurídico, psicológico, de saúde e laboral. O projeto “Mulheres de Fibra” também oferece a essas mulheres capacitação para o mercado de trabalho.
A acadêmica de psicologia da Unesc, Helade Cezar de Oliveira, assistiu atenta às palestras. Para ela, às pessoas precisam ter total acesso a esse tipo de informação.
“A violência contra a mulher é algo enraizado culturalmente em nossa sociedade. Palestras como essa são cruciais para que as mulheres nessa situação percebam que não são as únicas, que alguém pode ajudar e que existem formas de sair dessa condição. Além disso, orientam os cidadãos para que saibam como agir ao se deparar com um cenário de violência doméstica. A patrulha Maria da Penha têm desenvolvido um excelente trabalho, sendo fundamental para salvar a vida de muitas mulheres”, afirmou ela.
Antes de iniciar sua palestra abordando o “Feminicídio”, o defensor público Roberson Bertoni fez questão de parabenizar o projeto desenvolvido pela Polícia Militar do Estado de Rondônia e a parceria da Unesc, que abriu um importante espaço de debate sobre um tema tão relevante como a violência contra mulheres.
“Fico muito contente por estar aqui, por acompanhar todo o trabalho que é desenvolvido pela Polícia Militar e pela iniciativa da Unesc de trazer os policias para apresentarem à comunidade acadêmica todo o trabalho que é desenvolvido pelo batalhão, relacionado à violência doméstica e familiar”, pontuou Bertoni.