Atualmente diversas atividades econômicas experimentam certa estagnação das receitas ou até mesmo redução, devido à adversa conjuntura do mercado. Diante dessa realidade, manter estável o volume das receitas mensais é, por si só, um significativo desafio empresarial.
Por outro lado, existe na nossa cidade uma empresa que vende mensalmente toda sua produção. Se ela aumentasse a produção em até 50%, também continuaria toda ela vendida. Essa firma tem poucos concorrentes e adicionalmente dispõe de preços adequados. Em princípio, todos imaginaríamos que ela é uma rara exceção; que suas finanças estão em ordem; que administrá-la é uma tarefa previsível e tranquila.
A realidade é que ali todos trabalham duro, pagam em dia suas contas, dívidas e impostos. Eles não sabem, com certeza, qual tem sido o resultado final de suas operações, nem para onde está indo o dinheiro.
Se você fosse convidado a fazer uma auditoria rápida e objetiva, nessa organização, por onde você começaria seu trabalho? Pelas receitas, custos ou despesas? Por quê? Resposta: Entendo que o correto é por nenhuma delas!
Sempre que uma empresa gera lucro, esse valor mais o montante das depreciações, tende a ir para o Caixa/Bancos, ou para o Contas a Receber ou para os Estoques. Se todo o lucro foi parar nas disponibilidades, então creio que você pode se considerar um bom gestor; se o lucro estiver indo para os recebíveis, você pode se considerar um gestor normal; e se todo ele estiver indo para os estoques, creio que você pode se auto-avaliar como um gestor abaixo da média. Esta lição se aprende na vida prática e não na escola.
Bons profissionais costumam planejar a obtenção do lucro mensal, a partir de três fatores básicos: Receitas, Ativos e Investimentos. É assim na sua organização? Você, que é o proprietário ou o gerente, concorda com esta visão? Qual o destino considerado ideal, pela sua diretoria, para abrigar seus lucros mensais?
Empresas profissionais costumam fazer esse tipo de questionamento interno, seja nas vacas gordas, seja nas vacas magras. Este exercício é altamente oportuno e instrutivo, simples e prático. Se você ainda não o fez, introduza-o com brevidade, extraindo dele todos os benefícios advindos do exame de seus números. Esta é a minha recomendação, para as empresas de todos os ramos, portes e áreas de atuação!
