Além de se adequar a todas as novas normas estabelecidas pelo Ministério da Educação, foi acompanhando tendências mundiais de ensino e tecnologia que a Unesc implantou o curso de medicina em Vilhena.
A experiência obtida em apenas seis meses no uso de uma das mais modernas tecnologias, mostra uma revolução no conceito de educação de novos médicos na região Sul de Rondônia e Noroeste do Mato Grosso.
A mesa de anatomia digital é a mais recente evolução mundial dos antigos corpos mantidos no formol – produto para conservação de cadáveres – usados nas aulas de anatomia humana ainda nos dias de hoje, mas, que estão com os dias contados.
Para se ter uma ideia do avanço, os recursos da mesa possibilitam ao aluno navegar tridimensionalmente por todo o corpo humano, com riqueza de detalhes precisos sobre tecidos, ossos, sistemas linfático, venoso e todos os órgãos dentro de uma perspectiva jamais vista.
A facilidade de acesso a qualquer elemento do corpo e a visualização em três dimensões, proporcionam uma ampla compreensão do funcionamento e conexões dos complexos sistemas do corpo humano.
A Unesc é a primeira faculdade de Rondônia a disponibilizar a tecnologia implementada pela empresa ENG DTP & Multimídia, que instalou o equipamento e treinou os professores.
O aluno Mither Bissoli, de 24 anos, do 3º período, veio de Belo Horizonte (MG) para estudar medicina e disse que teve aulas de anatomia convencional, mas, com a chegada da mesa, houve uma evolução muito grande na visualização dos órgãos.
O aluno revelou ainda que ficou fascinado ao ver um pulmão pela perspectiva proporcionada pela mesa. “Eu não tinha a menor noção de como era um pulmão por dentro, apesar de ter manipulado as peças de silicone das aulas normais”, comentou.
A mesa, que atende também aos cursos de biomedicina, farmácia, enfermagem, nutrição, educação física, entre outros cursos da área de saúde, superou as expectativas até mesmo da professora de anatomia, a mestre em saúde, Erica Rieger, responsável pelos laboratórios de anatomia e fisiologia humana da Unesc.
Segundo a profissional, não há como comparar o alcance das possibilidades oferecidas pela mesa anatômica e um sistema convencional de aulas baseado em corpos reais ou de silicone.
“A dissecação só ocorria com cadáveres reais. Com a mesa, é possível visualizar um cadáver real milimetricamente recortado, permitindo níveis superficiais e profundos de visualização em três dimensões. Uma verdadeira revolução no método de ensino”, revelou Erica.