Ativo há quase um ano, o projeto Plantar iniciou no último mês uma nova fase, com a entrega de materiais para correção de solo e isolamento das áreas que serão recuperadas.
São cerca de 1 mil hectares em quase 530 propriedade da agricultura familiar nos 12 municípios que integram o projeto.
Esta é a maior operação de recuperação de áreas degradadas ou alteradas do país, reforça Alexis Bastos, coordenador de Projetos do Centro de Estudos Rioterra, executor do projeto em cooperação com a Ação Ecológica Guaporé (Ecoporé) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia, em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e apoio financeiro do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) através do Fundo da Amazônia.
O projeto é pioneiro no país e, frente aos altos índices de desmatamento na Amazônia, a recuperação de áreas e implementação de sistemas agroflorestais são ações que visam equilibrar a balança de emissões de CO2 pela prática. Para além disso, estão os ganhos de outros serviços ambientais, uma vez que o ciclo de carbono passa pela água, pela floresta e pelo ar.
Nesta fase do projeto, os agricultores beneficiários recebem calcário e adubo para correção de solo e, ainda, material para isolamento (madeira, catraca e arame), para o caso de propriedades com atividade pecuária.
Para a logística de entrega desses materiais, o projeto conta com o apoio das prefeituras, com veículos e servidores que auxiliam no processo e espaço para estocagem. São elas as prefeitura de Itapuã do Oeste, Cujubim, Machadinho D’Oeste, Rio Crespo, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto do Oeste, Ji-paraná, Presidente Médici, Castanheiras, Novo Horizonte do Oeste e Rolim de Moura.
A próxima fase do projeto será a distribuição de mudas, a partir do mês de novembro, início do período chuvoso na região.
AGROECOLOGIA
Todas as famílias cadastradas já contam com a assistência técnica e extensão rural, onde recebem orientação quanto aos cultivos existentes na propriedade. O trabalho é pautado por práticas agroecológicas para melhorar a produção e reduzir a utilização de agrotóxicos ou adubos químicos, sempre priorizando soluções orgânicas e naturais. Essas técnicas não só reduzem os custos da produção, mas melhoram questões ligadas a segurança alimentar das famílias.