Coluna escrita por Sérgio Pires/Foto: Ilustração

Uma guerra entre dois dos nossos vizinhos? A situação de confronto entre a Venezuela e a Colômbia, que se acirrou nas últimas semanas, ao ponto do ditador Nícolas Maduro determinar manobras militares na fronteira com os colombianos, tende a piorar nos próximos dias.

Maduro enviou nada menos do que 15 mil soldados, aviões, tanques e armamentos para o local das manobras, em Táchira, região oeste do país, numa clara demonstração de força militar e de ameaça bélica. Alega que tem sido ameaçado pela Colômbia, mas nega qualquer ameaça de ataque ao vizinho, ironizando que as Forças Armadas venezuelanas são preparadas apenas para a defesa.

O governo colombiano de Iván Duque, inimigo mortal do regime ditatorial de Maduro e um dos primeiros a reconhecer a legitimidade de Juan Gaidó, como verdadeiro Presidente da Venezuela, acusa seus adversários comunistas de estarem abrigando ex integrantes das Forças Armadas da Colômbia, as FARC, que estariam retomando a luta armada, incentivada pelo regime de Maduro. São duas Forças Armadas poderosas, que podem entrar em conflito a qualquer momento, colocando em risco toda a nossa região, já que ambos os países fazem fronteira com o Brasil.

Exército, Marinha e Aeronáutica da Colômbia tem hoje um efetivo de aproximadamente 445 mil homens e mulheres. Já a Venezuela de Maduro, têm, segundo dados oficiais, cerca de 125 mil membros, mas há outros milhares que fazem parte de um Exército de segurança, criado pelo chavismo, cujo poder não se tem como detectar e nem qual sua real força. Há ainda, segundo dados não oficiais, algo em torno de 100 mil cubanos, prontos para pegar em armas pró Maduro, num eventual conflito.

Para se ter uma ideia do perigo, estamos, em Porto Velho, a penas 1.518 quilômetros da fronteira com a Venezuela. É como nossa distância até Cuiabá, por exemplo. Se formos calcular nossa proximidade com a fronteira da Colômbia, onde estão se desenhando os confrontos militares, a distância é muito menor. Da cidade de Letícia até Porto velho, são apenas 836 quilômetros, ou seja, pouco mais de 140 quilômetros a mais do que uma ida a Vilhena, no extremo sul do Estado.

A verdade é que qualquer conflito armado na região pode sim, nos colocar em perigo. E mais: caso ele aconteça, o Brasil ficaria de fora ou entraria ao lado do seu aliado colombiano? Os Estados Unidos interfeririam e a Rússia também, cada um para um lado? A verdade é que a América Latina está se transformando num barril de pólvora, com o combustível para a guerra sendo colocado tanto pelo extremismo comunista como dos países que se opõe a ele.

Um confronto desse tamanho, o que é pior, deixa Rondônia, o coração da Amazônia, como meio caminho para todos os lados. Além disso, nossa estrutura da Base Aérea, serviria para concentrar forças das Aeronáuticas dos aliados, mas também poderíamos nos tornar um alvo. Tomara que, claro tudo isso seja só elucubração mental e nada de ruim aconteça. Mas que a coisa está complicada, está sim! Oremos, pois!

LUIZINHO E JAPONÊS NO PSL?

Muitos meses antes de se começar a definir as candidaturas à prefeitura de Vilhena, a maior cidade do Cone Sul do Estado, o clima anda esquentando nos bastidores da política. Uma costura que tem o dedo palaciano, ou seja, pelos lados do governo, pode estar trazendo para o PSL dois pesos pesados da política da cidade. Um deles, o deputado Luizinho Goebel, hoje no PV e um dos políticos com maior credibilidade e respeito do eleitorado da região, que está em seu terceiro mandato na Assembleia.

O outro também é surpreendente: ninguém menos que o prefeito Eduardo Japonês, que poderia deixar o PSDB para ingressar no partido do governador Marcos Rocha e ser o nome da sigla na disputa, já que é candidatíssimo à reeleição. O PSL já tem por lá a liderança do atual secretário de Agricultura do Estado, Evandro Padovani, que é do mesmo grupo de Luizinho, seu genro. Essa seria a receita para que o grupo que domina o PSL no Estado, consiga diminuir as chances de outro membro do partido, Jaime Bagatolli, em ser o candidato da sigla à Prefeitura. E que ninguém tente desmentir, porque a fonte da coluna é quente, quase fervendo…

NO PT, FÁTIMA TEM O PODER

Ainda na política rondoniense: a ex senadora Fátima Cleide ganhou mais um round na luta pelo comando do PT estadual. Ela conseguiu eleger Ramon Cajuí e a chapa dominante do Diretório Municipal de Porto Velho, o mais importante do Estado, enfrentando pesos pesados do partido, como o atual presidente estadual, Lazinho da Fetagro e o grupo do ex prefeito Roberto Sobrinho, além do ex deputado federal Padre Ton.

Cajuí é muito ligado à senadora e reza pela cartilha dela. Vai direcionar suas ações no comando municipal sob as orientações de Fátima. Os dois grupos que dividem o Partido dos Trabalhadores no Estado, se enfrentam novamente em breve, na eleição do diretório estadual. O candidato do grupo de Fátima é o marido dela, Ernani Coelho e o do grupo (muito forte) que a enfrenta, será o também ex deputado federal Anselmo de Jesus. A partir do novo comando estadual é que se saberá, com segurança, quais serão os rumos do PT rondoniense.

GASTOS MILIONÁRIOS COM ACIDENTES

Os números são superlativos e, infelizmente verdadeiros. Notícia da Secretaria de Saúde do Estado, a Sesau, aponta para o crescimento no número de acidentes, nos internamentos e, muito mais, nas enormes despesas públicas com internação, tratamento e recuperação de milhares de pessoas envolvidas em colisões, 80 por cento das quais vítimas que pilotavam ou eram carona em uma moto. O secretário Fernando Máximo deu exemplos em que, apenas o tratamento de uma só pessoa, da internação ao fim da recuperação, pode custar até 1 milhão de reais aos cofres públicos.

Nosso sempre superlotado Pronto Socorro João Paulo II atendeu, apenas nos oito primeiros meses deste ano, nada menos de 2.873 vítimas do trânsito. Entre elas, além dos mortos, muitos ficaram gravemente feridos e outros terão sequelas para o resto de suas vidas, como os que perderam pernas e braços, afora os que tiveram lesões na cabeça e também viverão com algum tipo de deficiência para sempre.  Há ainda pacientes acidentados que demoram até 20 anos para serem liberados dos tratamentos de recuperação.

OUTRA GREVE DOS CORREIOS. E DAÍ?

Os Correios voltam ao noticiário, não como uma estatal que está recuperando o enorme prestígio que já teve junto à população, mas com mais uma greve dos seus funcionários, em Rondônia e em outros 21 estados, exigindo benefícios. É a sina do serviço público brasileiro, que precisa ser enxugada pela privatização, caso, aliás, premente, para o sistema dos Correios do país.

Claro que não são os carteiros os culpados pela decadência do órgão, mas fica óbvio que, como está, os Correios não têm mais futuro. A estatal, que já foi, junto com os Bombeiros, a instituição mais respeitada pelos brasileiros, tornou-se um arremedo de si mesmo, depois que o sindicalismo petista tomou conta dele e, pior ainda, foi nele que começaram as denúncias da tenebrosa corrupção, que o partido e seus aliados incrustaram na vida pública brasileira, como nunca se viu igual. Os serviços dos Correios, hoje, estão tão decadentes, que é piada corrente que a população não sentirá nenhum problema com a greve, já que pior do que está, não ficará. Lamentável!

OS CAMINHOS PARA O HOSPITAL DO CÂNCER

Uma longa reunião, incluindo momentos tensos, reuniu o governador Marcos Rocha, o presidente da Assembleia, deputado Laerte Gomes, o secretário de saúde, Fernando Máximo, entre outras autoridades do Executivo e do Legislativo com Henrique Prata, o presidente da Fundação responsável pela manutenção do Hospital do Amor, o nosso Hospital do Câncer de Porto Velho.

Como pano de fundo, a questão da desburocratização para apoio oficial do governo ao hospital e, com a mesma intensidade, a cobrança do governo de prestações de contas de verbas liberadas e que não estariam sendo feitas dentro das exigências legais. A conversa avançou, mas ainda há detalhes a serem definidos. O governador Marcos Rocha determinou ao chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, também presente ao encontro, a criação de uma força tarefa para atuar junto com a Controladoria do Estado.

A ideia é chegar a um entendimento da forma mais célere possível, com o levantamento de dados, seguindo todos os princípios constitucionais e trabalhar novas regras que possam ajudar ainda mais o Hospital. Uma boa notícia foi dada também pelo presidente Laerte Gomes. Ele confirmou que, dos 30 milhões de reais economizados pela Assembleia, em cinco meses, pelo menos 4 milhões serão destinados ao Hospital do Câncer.

PRIORIDADE PARA AS CRIANÇAS

É decisão de governo, claro, mas tem o dedo da primeira dama, Luana Rocha, o avanço na área social do Estado, principalmente em ações que atendam as crianças, mas também os idosos. Com relação aos pequenos, pela menos duas grandes ações, ambas oficializadas essa semana, merecem destaque. A primeira delas foi o Projeto Voar, que atende centenas de crianças, com aulas de natação, futebol, artes marciais e outras modalidades, através de uma grande estrutura dentro da Sesdec, a secretaria de segurança e cidadania.

O outro, atendendo mais de 500 crianças, é o Projeto Criança Protegida, criado pelo ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Rondônia foi o primeiro Estado do país a criar seu programa local. ‘‘Esse projeto nasceu no Ministério da Família com a nossa ministra Damares e chegou aqui em Rondônia. Ela nos apresentou a proposta. Eu e o governador, de pronto, aceitamos participar desse programa. Nós acreditamos que essa capacitação vai trazer uma nova visão e uma metodologia melhor para cuidarmos de nossas crianças’’, disse Luana Rocha.

PERGUNTINHA

Dezoito anos depois dos inesquecíveis ataques de 11 de setembro e a destruição dos prédios do World Trade Center, você acha que o mundo está mais seguro ou que o terrorismo internacional continua sendo um perigo constante para os Estados Unidos e para o mundo?

 

sicoob

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