Coluna escrita por Humberto Lago/Foto: Extra de Rondônia

Naquela reunião estava sendo discutido o valor dos impostos do mês. Eram duas empresas, de porte médio, com atividades complementares. Alguém foi indicado para revisar a base tributária, alíquotas utilizadas e o cálculo final dos impostos.

Passados alguns dias, em nova reunião, aquela pessoa informou que o trabalho foi concluído, que nenhum erro foi encontrado, que o valor dos impostos estava correto e, portanto, que eles deveriam ser pagos ao fisco. Tudo indicava que o assunto estava encerrado.

Contudo, eis que alguém continuou pensando no assunto. Então ele sugeriu: E se nós fizéssemos algumas simulações, pressupondo uma redistribuição distinta das vendas, entre as duas empresas? Quem sabe criar três diferentes hipóteses, com o cálculo dos respectivos tributos? Uma administração capaz teria exigido isso, respeitando as exigências legais, porém objetivando a redução das despesas.

O ocorrido acima ilustra com simplicidade e clareza, que os empresários precisam ter uma visão maior, mais profunda e efetiva da empresa; precisam buscar regularmente números ótimos, empregando as variáveis possíveis; e por fim, reduzindo tanto quanto possível, sua carga tributária.

Sua empresa costuma revisar, com seu contador, anualmente, as opções que o governo oferece às empresas, na hora de optar pelo regime de tributação? Qual o impacto financeiro mensal nas suas operações, decorrentes da escolha de um ou outro regime de tributação?

Isso me leva a crer que há empresas, no nosso meio, pagando tributos em demasia, pela ausência pura e simples de um bom planejamento tributário.

Minha experiência me ensinou que a diretoria de todas as empresas deveria exigir de seu pessoal a base de cálculo do mês, de cada tributo, inclusive INSS e FGTS, objetivando: A-Compará-la com o ocorrido mensalmente nos últimos meses; B-Calcular e acompanhar sua carga tributária mensal, como percentual das vendas!

A postura correta de um gestor é ter uma visão ampla; é questionar se não existem opções melhores; é criar nos seus gerentes e supervisores esse espírito inquisitivo, em vez de se limitar, apenas, à revisão dos cálculos aritméticos. Como a atual carga tributária imposta às empresas é de cerca de 33% do PIB, isso significa que um terço do que produzimos e vendemos é repassado ao governo. O bom senso indica que devemos atentar bem para esses números.

Faça isso e poderá ficar surpreendido com as economias financeiras que podem ser feitas, por nossas organizações, na área do planejamento tributário e na redução de despesas. Pense nisso enquanto lhes digo até a semana que vem.

sicoob

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