A obra lançada pelo ex-procurador da República, Rodrigo Janot, trata dos bastidores da Lava-Jato, maior operação de combate a corrupção já realizada no país.
Versão em PDF do material está sendo difundida através das redes sociais e tem causado enorme repercussão nacional dada as revelações feita por Janot na publicação, que se chama “Nada Menos que Tudo”.
Em certo momento da narrativa, ele relembra uma situação constrangedora que teria acontecido em seu gabinete numa audiência com o ex-senador Valdir Raupp. Além dele, o livro também cita Ivo Cassol e Carlos Magno, outros expoentes da política rondoniense.
Sobre o caso de Raupp, o Janot relembra que recebeu o ex-senador “duas ou três vezes” após a repercussão de lista de nomes de políticos que estariam nas planilhas de pagamento de propina encontradas em empresas envolvidas nos esquemas de corrupção.
O ex-procurador chega a mencionar que ver o nome do político rondoniense em algum escândalo nacional “não era novidade”.
No entanto, ele se surpreendeu com o empenho de Valdir ao negar envolvimento com os esquemas da Lava-Jato, chegando a chorar copiosamente na sua frente. Janot conta que precisou entregar lenços de papel para o então senador, que também teve ajuda de um assistente do gabinete “para se recompor”.
Numa planilha encontrada pela polícia há indícios que Raupp teria recebido R$ 500 mil, valor entregue a uma funcionária do político em encontro ocorrido em São Paulo. Apesar do apelo emocionado, Raupp foi arrolado no processo e continua sendo investigado.
Já os nomes de Ivo Cassol e Carlos Magno são apenas citados sem nenhum comentário suplementar numa reprodução de lista de possíveis implicados nos esquemas da Lava-Jato.