As exportações brasileiras de café, no período de janeiro a setembro de 2019, totalizaram 30,38 milhões de sacas de 60kg, das quais 27,37 milhões foram de café verde, sendo 24,41 milhões de café arábica e 2,96 milhões de café robusta.
Nesse total, inclui-se ainda 3,01 milhões de sacas de café industrializado, das quais 16,15 mil sacas são de café torrado e moído, e volume equivalente a 2,99 milhões de sacas de café solúvel, que correspondem a 9,9% do total exportado.
Para fins de uma análise comparativa da performance das exportações de café solúvel, exclusivamente no período de janeiro a setembro, de 2015 a 2019, constata-se que, em 2015, os Cafés do Brasil atingiram o volume de 26,74 milhões de sacas de 60kg, das quais 2,66 milhões de sacas foram de café solúvel, que também equivaleram a 9,9% do que foi vendido ao exterior.
Em 2016, o total de cafés exportados foi de 24,37 milhões de sacas, sendo que o café solúvel teve um volume físico equivalente a 2,86 milhões de sacas de 60kg, que corresponderam a 11,7% do total.
Na sequência do período objeto desta análise, verifica-se que as exportações de café em 2017 somaram um volume físico equivalente a 22,03 milhões de sacas, o que inclui 2,55 milhões de sacas de café solúvel (11,6%).
E em 2018 as vendas ao exterior atingiram 23,79 milhões de sacas, com 2,72 milhões de sacas de solúvel (11,4%). Com base nesses dados, vale ressaltar que as exportações no período analisado, de janeiro a setembro, nos últimos cinco anos, tanto das exportações totais de café (30,38 milhões de sacas), como do café solúvel (2,99 milhões de sacas), atingiram os maiores desempenhos neste ano de 2019.
A base dos dados estatísticos que permite realizar esta análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil, em nível mundial, foi extraída do Relatório mensal setembro 2019, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, cujas edições, desde março de 2015, estão disponíveis na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Para o Cecafé, nesta edição do Relatório mensal setembro 2019, os volumes de café exportados registraram o melhor resultado do mês de setembro nos últimos cinco anos. Além disso, também ressalta que o desempenho acumulado nos últimos 12 meses também marca um incremento muito significativo das exportações, as quais alcançaram 42,2 milhões de sacas de 60kg.
Neste mesmo contexto, o Relatório salienta que, no período de janeiro a setembro de 2019, os principais destinos dos Cafés do Brasil, cujas exportações tiveram um aumento médio de 28,4% no volume foram, respectivamente, em ordem decrescente: Estados Unidos, que importaram 5,7 milhões de sacas de café (18,9% do volume total no período); Alemanha, com 5 milhões de sacas (16,5%); Itália, com 2,8 milhões de sacas (9,3%); Japão, com 2 milhões de sacas (6,7%); Bélgica – 2 milhões de sacas (6,6%), Turquia – 884,6 mil sacas (2,9%); Federação Russa – 788 mil sacas (2,6%); Reino Unido – 751,7 mil sacas (2,5%); Canadá – 669,7 mil sacas (2,2%); e, por fim, a Espanha, com 665,6 mil sacas (2,2%).
Com relação aos cafés diferenciados, o Relatório do Cecafé reporta que, de janeiro a setembro de 2019, o Brasil exportou 5,6 milhões de sacas. Tal volume representa 18,6% do total exportado dos Cafés do Brasil em 2019, e um crescimento de 35,8%, se comparado com o mesmo período do ano anterior.
A receita cambial gerada com a exportação desse tipo de café foi de US$ 886,6 milhões, a qual representou 23,3% do total da receita gerada com as exportações de café no ano civil de 2019. (Cafés diferenciados são os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis).
Os principais países importadores dos cafés diferenciados brasileiros foram, respectivamente: EUA, que importaram 1,4 milhão de sacas (24,2% do volume total embarcado no ano civil); Alemanha, com 707,6 mil sacas (12,5% de participação); Japão – 644,9 mil sacas (11,4%); Bélgica – 555,5 mil sacas (9,8%); Itália – 533,8 mil sacas (9,4%); Canadá – 233 mil sacas (4,1%); Reino Unido – 162,9 mil sacas (2,9%); Suécia – 158,2 mil sacas (2,8%); Espanha – 115,6 mil sacas (2%); e, por último, o Relatório do Cecafé demonstra que a Holanda importou 105,1 mil sacas, que equivalem a 1,9%.