Ao comentar a negativa do pedido de aumento da tarifa de energia elétrica em Rondônia e no Acre, feito pela Energisa, o senador Acir Gurgacz disse que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) precisa barrar também outros abusos cometido pela empresa, como os desligamentos sem respaldo legal, a cobrança indevida, os frequentes apagões e a falta de investimentos na modernização e ampliação na rede de distribuição.
“Fico contente que os diretores da Aneel tenham analisado com bom senso e base técnica esse pedido de reajuste na tarifa de energia, o que seria mais um abuso contra nossa população, contra nossas empresas e contra nossa economia”, frisou Gurgacz.
O senador salientou que vai continuar exigindo que essa empresa melhore os serviços e o atendimento, e faça os investimentos previstos na expansão e melhoria da rede de distribuição de energia.
“Se isso não ocorrer teremos que tomar medidas mais drásticas, como solicitar à Aneel o rompimento do contrato, visto que a Energisa não está cumprindo diversos itens do contrato de privatização”, pontuou Gurgacz.
O senador destacou ainda que há outras irregularidades reveladas pela CPI da Energisa, em andamento na Assembleia Legislativa de Rondônia.
O primeiro deles é que o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) tem assinado com a concessionária de energia elétrica um contrato de prestação de serviços, e não um termo de cooperação técnica, o que é contra a lei.
Se não bastasse isso, o IPEM tem devolvido à concessionária de energia os relógios que marcam até 40% a mais do que o consumo real, mas não é enviada cópia do laudo ao consumidor, que poderia reclamar a cobrança adicional. “Isso é um crime e precisa ser melhor investigado para que, de posse das provas, os responsáveis sejam punidos”, concluiu Gurgacz.