O prefeito Olvindo Luiz Dondé (PDT), de Pimenteiras do Oeste/RO, esteve participando na tarde desta terça-feira, 05, da comitiva de prefeitos para discutir as principais demandas das administrações municipais e discutir temas como a CPI da Energisa, o Fundo de Infraestrutura, Transporte Escolar e Habitação (Fitha) e o teto de gastos.
Entre várias autoridades, esteve presente o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, Laerte Gomes.
O presidente da Associação Rondoniense de Municípios (Arom), prefeito Cláudio Santos, de Theobroma, abriu a reunião informando que a entidade tem sido procurada por vários prefeitos que buscam informações quanto ao andamento dos trabalhos da CPI da Energisa.
Sobre a CPI da Energisa o presidente da Arom afirmou que todos os prefeitos são favoráveis à comissão de investigação e dedicou apoio no que for necessário para contribuir com os trabalhos.
Segundo ele, existe uma expectativa em torno da CPI e os prefeitos gostariam de conhecer mais sobre os trabalhos para poderem passar informações a vereadores e população em geral.
REFIS
O Programa de Recuperação Fiscal (Refis) foi outro assunto pontuado pelo presidente da Arom que ressaltou as dificuldades financeiras enfrentadas pelas prefeituras. “Estamos aqui mais para ouvir vocês, mas alguns de nós também viemos para chorar, pois realmente a situação é difícil”, disse Cláudio Santos.
Os prefeitos reclamam que não foram consultados para discutir valores e porcentagens do Refis. Dívidas de gestões anteriores, segundo os líderes municipais, estariam impedindo as prefeituras de fechar o ano no azul.
ENERGISA
Sobre a CPI da Energisa, o presidente disse se tratar de um assunto muito complexo, mas que os membros da comissão estão respaldados de orientações e trabalharem de forma transparente e assim garantir um bom andamento no levantamento das denúncias contra a concessionária.
“Eu moro em Rondônia há mais de 30 anos e nunca vi uma causa unir toda a população desse estado, do grande empresário ao morador mais simples, mais carente. É uma empresa que não respeita o consumidor e nem as leis do Estado, nem os poderes. A situação chegou a um ponto em que as pessoas precisam decidir se comem ou pagam a energia. Conheço gente que está há três meses sem energia”, argumentou Laerte.
A Energisa tem uma dívida com o Governo de R$ 1,8 bilhão e qualquer negociação quanto ao pagamento do montante deve passar pela Assembleia, porém, de acordo com o presidente Laerte Gomes, os deputados não apoiam nenhum tipo de acordo que venha possibilitar desconto da dívida.